Ver Angola

Economia

Luanda vai duplicar população para 12,9 milhões de habitantes em 15 anos

A província de Luanda deverá duplicar a população para 12,9 milhões de habitantes até 2030, o que obrigará à construção, nomeadamente, de 13 novos hospitais, 1500 escolas e de 1,4 milhões de casas.

<a href='http://www.angolaimagebank.com' target='_blank'>Angola Image Bank</a>:

A informação consta do Plano Director Geral Metropolitano de Luanda, preparado pelo Governo para a província da capital angolana e ao qual a Lusa teve hoje acesso, prevendo que só o município de Viana - o mais industrializado do país - atinja dentro de 15 anos os 3,1 milhões de habitantes.

O documento faz também o diagnóstico da situação actual na província, estimando que 80 por cento da população - de 6,5 milhões de habitantes, um quarto de todo o país - vive em musseques (bairros pobres suburbanos). Nesta área, o plano, designado de "Luanda 2030 - Cidade inovadora", prevê realojamento e regeneração de várias zonas da capital, nomeadamente nas classificadas de "prioridade muito alta", por riscos de vida eminente ou indução, entre outros problemas.

Com o crescimento da população estimado para 12,9 milhões de pessoas, e face às dificuldades de mobilidade que se registam diariamente na capital, com filas intermináveis de trânsito e reduzidas ofertas de transportes públicos como alternativa, este plano de intervenção prevê obras em 446 quilómetros de estradas primárias e 676 quilómetros de vias secundárias. Igualmente um sistema de comboio suburbano com 210 quilómetros e 142 quilómetros de corredor para trânsito exclusivo de transportes públicos. "As poupanças de tempo projectadas nas viagens de carro podem representar o equivalente a 2 por cento do PIB [Produto Interno Bruto] de Luanda em 2030", lê-se no relatório.

O consumo de água, para uso doméstico, comercial e industrial, mais do que deverá duplicar em quinze anos. O Executivo também prevê a construção de infra-estruturas de saneamento básico, com dois novos sistemas, a norte e a sul da capital, a remoção da Estação de Tratamentos de Águas Residuais (ETAR) removida da marginal de Luanda e a "reutilização de efluentes tratados para agricultura e fins industriais".

As necessidades de fornecimento de electricidade são outra prioridade do plano de desenvolvimento para Luanda, que define a necessidade de garantir uma potência de 5600 MegaWatts (MW), contra os actuais disponíveis 1700 MW. Esse acréscimo será garantido através de novas centrais hidroeléctricas e térmicas em construção e ainda com quatro linhas e 15 novas subestações de transporte.

O plano admite também, para justificar o investimento a realizar - não quantificado -, que a receita anual de consumo residencial de energia em Luanda poderá atingir, em 2030, os 23 mil milhões de kwanzas e com a água até 31 mil milhões de kwanzas.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.