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Um único bloco operado pela Total garantiu mais de 500 milhões em receitais fiscais num mês

Um único bloco de produção de petróleo no ‘offshore' angolano garantiu quase metade das receitas fiscais do país com a exportação de crude, no mês de Junho, segundo dados do Ministério das Finanças.

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Em causa está a actividade no bloco 17 - que inclui vários campos e poços no mar - e que se traduziu em 22,4 milhões de barris de petróleo exportados, de um total, no mês passado e entre todas as onze concessões angolanas, de 54,4 milhões de barris.

De acordo com informação do Ministério das Finanças, só este bloco, que é operado pela francesa Total, garantiu em Junho receitas fiscais de 68.641 milhões de kwanzas (546 milhões de dólares).

No total, no mês passado, as receitas fiscais angolanas com a exportação de petróleo bruto elevaram-se a 152.825 milhões de kwanzas, pelo que o bloco 17 garantiu 44,7 por cento do total.

No mês de maio, o bloco 17 também tinha liderado nas receitas proporcionadas ao Estado angolano, mas substancialmente inferiores - devido a uma menor produção e à cotação do barril exportado, que entretanto subiu -, cifrando-se então em 43.411 milhões de kwanzas.

Na origem deste desempenho está o projecto CLOV (Cravo, Lírio, Orquídea e Violeta), do bloco 17, no ‘offshore' angolano, a norte de Luanda, que está a impulsionar a produção de petróleo em Angola, que tem a meta de atingir os 1,83 milhões de barris de crude por dia em 2015. Estes quatro campos de petróleo resultaram da exploração de 34 poços submarinos para extrair e processar simultaneamente dois tipos diferentes de crude, a profundidades de água entre os 1.100 e 1.400 metros, segundo informação da própria Total.

A Total é responsável por 40 por cento da produção de petróleo de Angola e prevê investir 10 mil milhões de dólares na actividade no país entre 2015 e 2018, anunciou, a 3 de Julho, em Luanda, o director-geral da multinacional francesa, Patrick Pouyanné.

Na ocasião, durante a visita de Estado que o Presidente francês, François Hollande, realizou à capital angolana, o administrador anunciou que Angola já representa 12 por cento de toda a actividade da Total e que a petrolífera bateu em Junho o pico de produção no país, atingindo os 700 mil barris de crude por dia.

"Investimos 2,5 mil milhões de dólares no ano em curso e vamos investir montantes equivalentes nos próximos três anos. Trata-se assim de um empenho muito forte da nossa parte", disse o director-geral da Total. O grupo petrolífero francês, presente em Angola há mais de 60 anos, assinou este mês novos acordos de cooperação com a estatal angolana Sonangol.

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