Na ocasião, o ministro destacou a qualidade e o rápido tempo de produção da mandioca, acrescentando que no seu país demoram três anos para produzir este tubérculo, enquanto Angola demora pouco mais de um ano.
"Na nossa terra, levamos três anos para produção da mandioca, ao contrário de Angola, que em um ano e três meses tem o produto pronto", afirmou, em declarações à imprensa, citadas pela Angop.
Kapelwa Mbangueta também mencionou a aposta em diversificar as culturas, tendo referido que a Zâmbia pretende experimentar Angola neste sector.
Na Zâmbia, adiantou, já se faz a transformação deste tubérculo para produzir papel, bebidas alcoólicas e ração animal, além de ser consumido como alimento, uma experiência que pretendem igualmente implementar em Angola, escreve a Angop.
Refira-se que uma delegação da Província Ocidental da Zâmbia se encontra no país, no âmbito do fórum de negócios.
A delegação, encabeçada por Kapelwa Mbangueta, vai trabalhar no Moxico até dia 29 de Junho, "num vasto programa que compõe actividades como excursão de negócios a zonas agrícolas, Fórum de Negócios Angola-Zâmbia, visita a infra-estruturas hospitalares, central fotovoltaica, feira de exposição de vários segmentos de produtos e serviços, além de networking, negócios e parcerias", indica o governo provincial do Moxico, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.
A comitiva zambiana conta com 54 empresários dos sectores do turismo, comércio, transportes, agricultura, entre outros.
No âmbito da sua agenda no país, a delegação visitou o projecto agro-pecuário TMariz – considerado o maior produtor de mandioca no leste do país –, tendo ficado a saber que produz 4800 toneladas de mandioca por ano.
José Mariz, responsável do projecto, explicou que a produção de mandioca ainda é realizada manualmente por causa do alto custo dos materiais necessários, acrescentando que uma empresa local compra a mandioca produzida para fazer fuba de bombo e que remanescente fornece os mercados informais do Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte.
Citado pela Angop, o responsável demonstrou estar receptivo à oportunidade de aprender com a Zâmbia para aumentar os graus de produção, considerando o conhecimento e o grande potencial que o referido país tem na agricultura e na pecuária.