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Costa convida PR para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril

O primeiro-ministro português convidou esta Segunda-feira o Presidente João Lourenço para estar presente nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, sustentando que a revolução portuguesa foi um passo que também representou a libertação de Angola.

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Este convite formal de António Costa foi transmitido ao chefe de Estado no início da reunião plenária entre os governos de Lisboa e de Luanda, após referir que os dois países se aproximam "de um ciclo importante do ponto de vista histórico e cultural, aspetos também basilares na relação entre Portugal e Angola".

"No próximo ano celebram-se os 50 anos do 25 de Abril de 1974 e, logo no ano seguinte (em 2025), os 50 anos da independência de Angola. Os dois eventos são indissociáveis, desde logo pelo impacto que a guerra de libertação angolana teve para o fim do regime fascista em Portugal, mas também pelo passo que o 25 de Abril representou para a libertação de Angola", considerou o líder do executivo português.

Neste contexto, o primeiro-ministro salientou que "Portugal teria todo o gosto em poder contar com Angola nestas comemorações do momento histórico".

Um momento histórico "que nos permitiu ter entre os nossos dois países uma relação madura, sólida e fraternal",acrescentou.

Na sua intervenção, António Costa referiu-se a um dos pontos mais delicados das relações bilaterais: o das dívidas a empresas portuguesas.

"Queria também saudar a abordagem construtiva do governo angolano no pagamento das dívidas às empresas portuguesas. Desde 2018, foram dados passos muito importantes e importa prosseguir esse processo, para que as empresas possam continuar a contribuir para diversificação da economia angolana, devidamente capitalizadas", disse.

A seguir, afirmou que as empresas portuguesas "estão aptas para investir em novas áreas na economia angolana, como o agroalimentar, energias renováveis, economia azul, pescas, turismo e outras que Angola defina como prioritárias".

"Se as empresas portuguesas permaneceram em Angola nos momentos mais difíceis, Portugal também não esquece o acolhimento que Angola deu a dezenas de milhares de portugueses na pior fase da crise económico-financeira", realçou.

No plano económico, o líder do executivo português considerou que, no ano em que Portugal e Angola celebram 45 anos de cooperação, "o novo Programa Estratégico de Cooperação 2023/2027 (PEC) estará associado a um envelope financeiro robusto para os próximos cinco anos: 50 milhões de euros para projectos, programas e acções (um aumento de 42,8 por cento face ao PEC anterior), assim como 500 milhões de euros sob a forma de empréstimos/linhas de crédito que acrescem ao saldo ainda existente de 200 milhões do PEC anterior".

"O novo PEC continuará a privilegiar as áreas tradicionais da cooperação portuguesa, mas daremos prioridade às áreas que apoiem os objetivos de diversificação económica de Angola", assinalou.

No seu discurso, António Costa defendeu que a relação entre Portugal e Angola "é sólida e foi já provada nos momentos difíceis que cada um dos nossos países atravessou".

"As empresas portuguesas nunca deixaram Angola, mesmo nos momentos mais desafiantes, e têm dado um contributo para a diversificação da economia angolana e para a capacitação e formação de muitos cidadãos angolanos. Portugal está disposto a redobrar os seus esforços", prometeu.

Entre os acordos que hoje serão assinados, o primeiro-ministro destacou o alargamento da linha de crédito de 1500 milhões de euros para dois mil milhões de euros, "um instrumento importante para o desenvolvimento de Angola, mas também para a atividade das empresas portuguesas neste país".

"É também motivo de satisfação testemunhar a concretização de novos projectos ao abrigo desta linha de crédito, como a assinatura do contrato para a construção da autoestrada entre e Cabinda", apontou.

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