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Sonangol com volume de negócios de mais de seis mil milhões de kwanzas em 2022

A Sonangol fechou o ano de 2022 com um volume de negócios de mais de seis mil milhões de kwanzas, correspondendo a um crescimento na ordem dos 50 por cento face ao ano anterior.

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Os resultados da petrolífera de bandeira no exercício económico de 2022 constam no Relatório Anual e Contas 2022, divulgado pela empresa e a que o VerAngola teve acesso.

"A companhia terminou o ano de 2022 com um volume de negócios" de cerca de 6,2 mil milhões de kwanzas, "registando um aumento de 50 por cento face ao ano anterior", lê-se no documento.

Segundo o relatório, no período em referência, a empresa teve um EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization; em português, Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado de cerca de 2,4 mil milhões de kwanzas, "representando um crescimento acima de 50 por cento, pelo segundo ano consecutivo", enquanto o resultado líquido consolidado foi de 838.084 milhões de kwanzas.

A Sonangol realça que o ano passado foi "marcado pelo aumento do preço do petróleo bruto", verificando-se um preço médio de 102,31 dólares, por barril, "das ramas comercializadas pela empresa, comparativamente aos 70,58 dólares, por barril, registados no ano anterior".

Por outro lado, acrescenta a petrolífera, os aumentos generalizados das "taxas de juro nos mercados internacionais e da inflação a nível global" tiveram um impacto desfavorável "no valor das principais unidades geradoras de caixa, bem como nos preços das matérias-primas e produtos importados pela petrolífera nacional, com destaque para a gasolina e o gasóleo, cujos preços médios (Platts), por tonelada métrica, ascenderam, em 2022, a 1.140,80 dólares e 1.125,00 dólares, respectivamente, representando um aumento substancial quando comparado a 2021", cuja média dos preços foi de 638,30 dólares e 554,10 dólares.

No entanto, a Sonangol destaca que, "apesar dos desafios verificados", fechou 2022 com "um resultado económico e financeiro robusto, sustentado, substancialmente, pela consolidação das medidas previstas no programa de reestruturação e pelo rigor financeiro e operacional".

O relatório salienta ainda "a redução contínua da materialidade das reservas de auditoria, como consequência das medidas que têm sido tomadas pelo Conselho de Administração da Sonangol, ao longo dos últimos anos". Assim, a Sonangol diz ainda estar convicta que, a médio prazo, continuará "a colher os frutos da sua implementação, incluindo a eliminação integral das reservas de auditoria".

A petrolífera de bandeira afirma ainda a sua posição relativamente à transição energética. Assim, visando "minimizar os impactos que poderão ocorrer, a médio e longo prazos, durante o período da transição energética", a petrolífera diz estar a diversificar a sua carteira de investimentos "com parceiros de referência internacional, tendo em curso importantes investimentos na área das energias renováveis, considerados piloto em Angola, dentre os quais se destacam a Central Fotovoltaica de Caraculo, no Namibe, e o Projecto Quilemba Solar, na Huíla, no segmento de Gás e Energias Renováveis".

Entre outros aspectos, a empresa informa igualmente que se encontra em curso a preparação "do seu primeiro Relatório de Sustentabilidade que permitirá à empresa divulgar, de forma mais detalhada, às partes interessadas, as acções por si adoptadas a nível ambiental, social e de governança corporativa".

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