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João Lourenço diz que não há contestação da juventude em Angola

O presidente Da República afirmou nunca ter sentido a contestação da juventude em Angola, acusando “um partido da oposição” de mobilizar um pequeno grupo de jovens para cometer actos de vandalismo.

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Em entrevista à RTP África, o chefe do governo fez um balanço positivo do seu mandato, apesar de "dois anos quase mortos" devido à pandemia de covid-19, apontando o "bom ambiente de negócios", a luta contra a corrupção que "também está a correr bem" e a diversificação da economia como alguns dos pontos altos.

Admitiu que "Angola não é um paraíso", tendo sofrido as consequências da pandemia e da crise económico-financeira mundial, e mais recentemente da guerra na Ucrânia, mas salientou aspectos positivos como a descida dos preços dos produtos da cesta básica, bem como o incremento de salários na função pública, garantindo que houve também recuperação de emprego graças à maior intervenção do sector privado, que tem vindo a conquistar terreno.

Afirmou, por outro lado, que não conhece "contestação juvenil" em Angola, onde nunca se assistiu também a um movimento de coletes amarelos.

"O que temos vindo a assistir é a mobilização de um pequeno grupo de jovens, por um partido da oposição, que os leva a comete actos de vandalismos, e que não são representativos da juventude angolana", salientou João Lourenço.

"Não me parece que haja contestação da juventude angolana", reforçou o Presidente, que também não vê "desilusão" entre esta camada social, realçando os investimentos feitos "a favor do povo angolano" e que foram para além das promessas que fez quando se candidatou pela primeira vez à presidência.

Prometeu, num segundo mandato (João Lourenço recandidata-se ao cargo nas próximas eleições gerais marcadas para 24 de Agosto) continuar com grandes projectos, nomeadamente a melhoria da rede rodoviária nacional, luta contra a seca, electrificação do país, um novo aeroporto para Luanda, o porto de águas profundas do Caio e a barragem hidroeléctrica de Caculo Cabaça.

Seguindo o tema das eleições, assumiu que não há vitórias fáceis, mas afirmou que está a trabalhar "arduamente" para não entregar o poder a oposição e que não fica em Luanda à espera de milagres, saindo todos os fins-de-semana para as outras províncias.

Um ritmo que terá até levado o Presidente português, Marcelo Rebele de Sousa a dizer para "não se cansar tanto" porque "não precisa", confidenciou, prometendo acelerar ainda mais na fase da campanha eleitoral "para garantir que não há surpresas".

Mostrando-se optimista quanto a um segundo mandato e ao futuro de Angola, país em que a comunidade internacional "hoje tem mais confiança", rematou: "Só vejo bons dias para Angola".

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