O acordo foi assinado na presença do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, que sugeriu, na ocasião, a criação de um comité de acompanhamento "para se averiguar o cumprimento do acordo entre as partes".
Segundo um comunicado do Ministério da Energia e Águas, o primeiro secretário da comissão sindical do projecto hidroeléctrico, Leonardo Bate-Chapa, "reconheceu a liderança e a disponibilidade do ministro no processo negocial que resultou em ganhos entre as partes".
João Baptista Borges estabeleceu, em finais de Maio passado, 15 dias para que trabalhadores do projecto hidroeléctrico de Caculo Cabaça e a direção da empreiteira chinesa CGCG (China Gezhouba Group Company) colocassem fim ao impasse que originou reivindicações e morte de trabalhadores.
Os trabalhadores grevistas envolvidos na construção da hidroeléctrica de Caculo Cabaça, província do Cuanza Norte, exigiam aumento salarial, melhores condições laborais, alimentação e assistência médica e medicamentosa.
O acordo assinado surge após dois trabalhadores angolanos, que trabalhavam neste projecto, terem sido mortos em confronto com a polícia, em Maio passado, quando reclamavam contra o empreiteiro, alegando incumprimentos, como informaram as autoridades.
Para o ministro, citado no comunicado, a assinatura do acordo entre as partes foi um dia histórico para o projecto, pois vai propiciar melhores condições de trabalho.
A vice-governadora do Cuanza Norte, Leonor Garibaldi, também assistiu à cerimónia e disse que o acto se traduz num "marco importante para a província tendo em conta a importância da infraestrutura para o Cuanza Norte em particular e para o país no geral".