António Belsa da Costa, secretário de Estado da Energia, avançou esta Quarta-feira que o país poupou, desde 2019, cerca de 143 mil milhões de kwanzas em resultado dos investimentos realizados pelo executivo no sector eléctrico. Estes dados foram avançados na sexta edição do 'Café CIPRA', que debateu "A Electrificação do País e o Seu Impacto na Atracção de Investimentos".
Segundo o secretário de Estado, as despesas com combustíveis para o funcionamento das centrais térmicas do país, avaliadas em 230 mil milhões de kwanzas, foram reduzidas para 87 mil milhões de kwanzas. Esta poupança deveu-se à entrada em funcionamento de novas centrais hídricas e de sistemas combinados de produção de electricidade.
O responsável frisou que investimentos em centrais voltaicas de ciclo combinado, como no Soyo, ou em complexos hídricos, como no Cambambe e Laúca, são formas de garantir uma maior autonomia nacional no que diz respeito à produção de electricidade.
"Os outros projectos estruturantes, que estão em curso, são também os de ligação entre os sistemas centro (Huambo/Lubango e depois Lubango/Cahama)", disse, citado pelo Jornal de Angola.
António Belsa da Costa destacou ainda que a aposta em projectos como o do Cliclo Combinado do Soyo, alimentados por gás liquefeito, têm como objectivo garantir a oferta energética mesmo em períodos de escassez de chuva, que levam à baixa do caudal de reserva de água e à consequente redução na produção de electricidade.
Já no que diz respeito à meta de produção de 70 por centro da energia nacional a partir de fontes limpas, o secretário de Estado referiu que, neste momento, o país se encontra nos 62 por cento.
