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Instituto anti-drogas precisa de 17,6 milhões de dólares para construir novos centros

O Instituto Nacional de Luta Anti-Drogas (Inalud), com apenas um centro de ajuda para toxicodependentes, precisa de 17,6 milhões de dólares para construir quatro novos centos regionais e atender 33.275 necessitados, foi anunciado esta Terça-feira.

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Segundo a directora do Inalud, Ana Graça, o instituto depende do Orçamento Geral do Estado e tem algumas parcerias, contudo, não sabe "se vão funcionar".

Em declarações à agência Lusa, Ana Graça disse que a instituição pretende criar também casas-dia, com o objectivo de reduzir o tempo de internamento dos pacientes no centro, que vai de nove meses a um ano.

A responsável frisou que estão a decorrer estudos a nível de saúde mental com este objectivo, uma prática "mais moderna" usada a nível mundial.

"Estamos a tentar ter agora as casas-dia, é um projecto novo que precisa de financiamento, mas eu tenho a certeza que vai andar, porque é a melhor forma de reduzir os internamentos", salientou.

O país conta actualmente com um centro, na província do Bengo, que atende todo o país.

De acordo com a directora, os centros vão ser regionais e as casas-dia é que se pretende que sejam provinciais.

O objectivo das casas-dia é dar um suporte ao sistema ambulatório, servir de suporte para aqueles que não precisam de internamento, podendo naquele local encontrar vários serviços, nomeadamente cursos de capacitação para o seu auto-sustento.

A chefe de departamento de Reabilitação e Reinserção do Toxicodependente do Inalud, Adelina Kassoquele, disse que muitos dos pacientes não têm nenhuma profissão "e uma mente desocupada é oficina para o demónio".

"Ali nós vamos ocupá-los todos os dias, faz parte da terapia ocupacional, vão aprender artes e ofícios, temos um projecto bonito para isso dentro das casas-dia, de maneira que depois de seis meses ele foi tratado, reabilitado psicologicamente no sentido do problema que o trouxe, que é a droga, e aprendeu também alguma profissão", referiu.

Para a construção e apetrechamento das 18 casas-dia foi apresentado um orçamento de 1,49 milhões de dólares cada uma, e para os centros regionais um orçamento de 4,41 milhões de dólares para cada um dos quatro pretendidos, com previsão de instalação do primeiro na província do Huambo, devido à facilidade e mobilidade das outras províncias para aquela região central de Angola.

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