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Exportações de petróleo em Agosto deverão subir 12 por cento para 35,5 milhões de barris

O Governo de Angola planeia exportar 1,145 milhões de barris de crude por dia em Agosto, de acordo com o programa preliminar de cargas, que mostra uma subida face aos 1,023 milhões diários registados para Julho.

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De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, Angola deverá assim exportar em Agosto 35,5 milhões de barris em Agosto, tendo em conta o plano preliminar, que pode ainda sofrer alterações.

Angola deverá, assim, aumentar o volume de exportações em Agosto em quase 12 por cento face ao previsto para Julho, num contexto em que o Governo está a rever a previsão de evolução da produção de petróleo, a principal fonte de receita para a economia e que representa a esmagadora maioria das exportações do país.

A produção petrolífera de Angola deverá ficar este ano nos 1,193 milhões de barris de petróleo diários, uma meta inferior em 27 mil barris face às previsões iniciais, mas que o ministro do Petróleo quer fazer cumprir.

"Para 2021, a previsão inicial era de 1.220.400 barris de petróleo por dia, entretanto houve um ajuste intercalar e temos como previsão 1.193.420 barris e o que estamos a fazer é no sentido de cumprir esta nova previsão", adiantou o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, em entrevista à Lusa esta semana.

O responsável lembrou que a produção angolana é maioritariamente proveniente de campos maduros, que já atingiram um pico de produção e estão em fase de declínio, o que só poderá ser revertido ou mitigado com investimentos na pesquisa, tendo sido aprovada uma estratégia nacional para aumentar o conhecimento sobre o potencial de petróleo em Angola.

Também esta semana, a consultora Fitch Solutions estimou que a produção de petróleo em Angola deverá cair cerca de seis por cento até 2025, ano em que este país lusófono africano vai bombear 1,2 milhões de barris por dia.

"Antevemos que a produção de petróleo em Angola vá cair a longo prazo, com a produção de petróleo, gás natural liquefeito e outros líquidos a contrair-se em média 1,8 por cento anualmente ao longo da nossa previsão a dez anos, chegando a 1,1 milhões de barris em 2030", dizem os analistas.

De acordo com uma análise ao sector petrolífero angolano, enviado aos investidores e a que a Lusa teve acesso, os analistas desta consultora detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings escrevem que "a ronda de licitação oferece potencial para o crescimento das reservas e da produção no futuro, enquanto as mudanças regulatórias e fiscais mostram passos na direcção certa para melhorar o apelo para os investidores internacionais".

No relatório, a Fitch Solutions escreve que "devido a pequenos projectos que ficam operacionais e à natureza dos cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo em 2021 e 2022, a previsão a longo prazo é melhorada ligeiramente pelo crescimento positivo a curto prazo, com a produção a dever subir 2,2 por cento e 7 por cento em 2021 e 2022".

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