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Previsões do governo apontam para estagnação em vez de recessão este ano

O ministro de Estado e da Coordenação Económica de Angola, Manuel Nunes Júnior, disse que as últimas previsões do governo apontam para uma estagnação em vez de recessão económica este ano e um regresso aos saldos positivos.

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Manuel Nunes Júnior, que falava em conferência de imprensa sobre os resultados da quinta avaliação do programa de Assistência Técnica e Financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse que as perspectivas para 2021 são no sentido da retoma de saldos positivos da Balança de Pagamentos.

Segundo o governante, para o corrente ano, o Orçamento geral do Estado prevê um défice de 2,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), mas as projecções fiscais mais recentes apontam para um saldo orçamental positivo de 2,6 por cento.

"Isto significa que, este ano, voltaremos à nossa trajectória de saldos orçamentais positivos iniciada em 2018 e interrompida em 2020", realçou.

Manuel Nunes Júnior antecipa igualmente a recuperação das Reservas Internacionais Liquidas que, neste momento ,se situam nos 8,4 mil milhões de dólares, valor que representa cerca de dez meses de importações.

Questionado sobre se o governo irá fazer um novo acordo com o FMI, após terminar o actual programa de financiamento alargado de três anos, o ministro disse que o executivo "quer continuar a ter um relacionamento com o FMI" e tem um conjunto de propostas em cima da mesa.

"Há um conjunto de opções, nós, as autoridades estamos a ver qual é a que melhor se vai ajustar ao momento que estamos a viver na nossa economia e, certamente, que antes da sexta avaliação, que é a ultima, haveremos de tornar público qual é a nossa posição sobre esta matéria", disse.

Na Quarta-feira, o FMI aprovou a quinta revisão ao programa de ajustamento financeiro de Angola, permitindo o desembolso imediato de 772 milhões de dólares, salientando a visão positiva das autoridades e o empenho nas políticas do programa.

"A decisão do conselho de administração do FMI permite um desembolso imediato de 772 milhões de dólares a Angola", lê-se no comunicado do Fundo, no qual se aponta que a economia angolana "está em transição para uma recuperação gradual de múltiplos choques, incluindo aqueles induzidos pela pandemia de covid-19".

No comunicado, o FMI acrescenta que "a visão política das autoridades continua sã, e continuam empenhados no programa económico apoiado pelo Programa de Financiamento Ampliado".

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