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Cooperação portuguesa prepara com Angola plano a cinco anos na educação e saúde

O instituto Camões está a ultimar com o Governo um Plano de Estratégico de Cooperação para o período 2018 a 2022, que manterá o foco na formação, educação e saúde, entre outras áreas.

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A informação foi prestada pelo vice-presidente do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, Gonçalo Teles Gomes, à margem de uma deslocação às instalações da instituição em Luanda, no âmbito da visita que está a realizar a Angola.

“A minha visita destinou-se a negociar um novo Plano Estratégico de Cooperação com Angola, tendo em vista, também, a futura visita do senhor primeiro-ministro a Angola. E também contactos bilaterais com ministérios sectoriais”, começou por explicar, na quinta-feira à noite, o dirigente daquele instituto, responsável pela Cooperação portuguesa.

Estas negociações, entre a direcção do instituto Camões e o Governo angolano, lideradas pelo Ministério das Relações Exteriores, antecedem a visita a Luanda do primeiro-ministro português, António Costa, previsivelmente no final de Julho.

“A visita tem estado a correr muito bem. Há claramente um espírito positivo entre os dois lados, há uma grande disponibilidade, tanto de Portugal como da parte de Angola, flexibilidade de se encontrarem os necessários entendimentos para termos resultados positivos quando o senhor primeiro-ministro vier a Angola”, explicou Gonçalo Teles Gomes.

Nos últimos anos, através do instituto Camões, Portugal tem canalizado mais de cinco milhões de euros anuais de Ajuda Pública ao Desenvolvimento, para projectos de Cooperação com Angola, sobretudo nas áreas da Educação e Saúde.

Uma verba que não quantifica todo o tipo de apoio prestado e que pode aumentar, com o novo programa. “Pode aumentar, mas o pacote financeiro ainda não está fechado, porque depende destas negociações”, explicou.

O novo Plano de Estratégico de Cooperação será a cinco anos, 2018-2022, e envolverá projectos financiados por Portugal em áreas como capacitação e formação; educação; saúde; energia, água e ambiente; segurança alimentar e Agricultura; apoio ao sector privado; e segurança, justiça e defesa.

Além disso, o instituto Camões tem actualmente a competência delegada da União Europeia para gerir dois projectos, já em curso, comparticipados por fundos comunitários e por Portugal, na área da formação técnico-profissional, avaliado em 20 milhões de euros, e outro de segurança alimentar, de 65 milhões de euros, a desenvolver no sul de Angola.

“A avaliação que eu faço é que a cooperação é positiva, mas com espaço para melhoria”, disse ainda Gonçalo Teles Gomes.

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