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Política

Portugal continua a aguardar "tranquilamente" indicação de datas para visita de Costa a Angola

O Governo português continua a aguardar "tranquilamente" uma resposta das autoridades nacionais sobre a visita do primeiro-ministro, António Costa, a Angola, disse no parlamento o chefe da diplomacia, que destacou "as relações profundas entre os dois Estados soberanos".

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"Nós somos um Estado soberano. Aguardamos tranquilamente que as respostas devidas pelas autoridades angolanas cheguem", afirmou Augusto Santos Silva, em resposta a uma pergunta da deputada do PSD Paula Teixeira da Cruz sobre o que disse ser "um manto de silêncio sobre as relações político-diplomáticas" entre Lisboa e Luanda.

"Temos relações muito profundas com Angola, seja ao nível dos povos, das economias e dos Estados, mas somos ambos Estados soberanos e o relacionamento deve fazer-se entre Estados soberanos", acrescentou o governante, durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.

A deputada, que foi ministra da Justiça no anterior Governo (PSD/CDS-PP), afirmou que "20 meses [tempo de governação do executivo de António Costa] são um tempo demasiado longo para que as eleições [em Angola] sirvam de pretexto" para protelar uma visita do primeiro-ministro português àquele país, que chegou a estar prevista para esta primavera.

Paula Teixeira da Cruz questionou Santos Silva sobre "para quando uma normalização" das relações entre os dois países. O ministro referiu que "até ao passado mês de Março, o relacionamento político-diplomático entre Portugal e Angola foi em crescendo", recordando que foi desenvolvida "uma agenda de contactos bilaterais e de trabalho conjunto muito importante, designadamente em torno do programa de cooperação".

"O último membro do Governo a visitar Angola fui eu próprio, em Fevereiro, para preparar a sequência próxima destes contactos, que era a visita do primeiro-ministro português. Nós continuamos à espera do lado das autoridades angolanas da indicação de propostas de datas em respostas às propostas de datas que nós apresentámos", comentou.

O ministro referiu depois que "uma visita da ministra da Justiça [Francisca Van Dunem] foi suspensa no próprio dia em que se realizava a pedido das autoridades angolanas, e entretanto Angola entrou num período eleitoral".

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