Ver Angola

Economia

Relatório económico pede reformas estruturais para fazer Angola voltar a crescer

O Centro de Estudos e Investigação Científica (CEIC) da Universidade Católica de Angola apontou a urgência de reformas estruturais no país, depois da "desaceleração estrutural" da economia nacional, devido à crise da cotação do petróleo.

:

A posição foi transmitida durante a apresentação, em Luanda, do Relatório Económico de Angola 2016, pelo director do CEIC, Manuel Alves da Rocha, que afirmou que "as dificuldades do país têm-se vindo acentuar desde 2014", com a quebra nas receitas petrolíferas.

O estudo, o 14.º relatório anual do género realizado pelo CEIC, aponta igualmente a "redução anual da capacidade de crescimento da economia angolana".

Em declarações à imprensa à margem do lançamento público do documento, o economista e docente da Universidade Católica de Angola disse que a actual situação do país é caracterizada por "dificuldades de financiamento da própria economia e das empresas" e deve "merecer reformas estruturais" para permitir recuperar o ritmo de crescimento que teve no passado, mas só a partir de 2020.

"Há reformas estruturais que têm que ser feitas, há matérias que têm de ser atacadas que se não forem minimizadas ou dirimidas não haverá essa capacidade de se reverter essa tendência de desaceleração da economia", disse.

Na análise geral do Produto Interno Bruto (PIB), o documento aponta que a riqueza produzida pelo país em 2016 decresceu na ordem dos 3,6 por cento.

Alves da Rocha voltou a apontar a "burocracia e a corrupção" como os "grandes entraves" para o crescimento do país: "A burocracia conduz à corrupção. O investimento privado é fundamental, aliás, a economia de Angola tem que ser entregue ao sector privado competente e inovador e não aqueles dependentes de favores do Orçamento Geral do Estado (OGE) ", sublinhou.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.