O acordo, explicou à Lusa fonte do Governo, é referente ao perdão da dívida acumulada pelo não reembolso de dois empréstimos financeiros concedidos pela China, no valor cada um de 50 milhões de renminbi (7,3 milhões de dólares), e cujo valor utilizado por Angola perfaz 97.370.000 renminbi (14,2 milhões de dólares).
Este valor deveria ter sido amortizado pela parte angolana até 2015, o que não aconteceu, tendo a China acordado no perdão parcial, de 50 por cento, dessa dívida, equivalente a cerca de 6,7 milhões de dólares.
Com este memorando de entendimento, assinado em Luanda pela secretária de Estado para a Cooperação do Ministério das Relações Exteriores, Ângela Bragança, e pelo embaixador da China em Angola, Cui Aimin, o Governo chinês aceita dispensar as obrigações da parte angolana em termos de amortização do empréstimo.
As negociações finais decorreram Segunda-feira na sede do Ministério das Relações Exteriores, em Luanda, com a presença do general Hélder Vieira Dias "Kopelipa", ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, e com o Conselheiro de Estado do Governo da China, Wang Yong.
As duas partes admitiram que o objectivo do acordo passa por "continuar a apoiar o desenvolvimento da economia angolana e aliviar o seu encargo de dívida".
