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Economista alerta para a necessidade de investimento privado no país

A falta de financiamento público torna maior a necessidade de Angola atrair mais investimento privado para ajudar no desenvolvimento e diversificação da sua economia, defendeu esta Quinta-feira, em Londres, um economista especializado na África Subsaariana.

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"Para a diversificação, é preciso tempo e actualmente não há muito dinheiro. Tendo o governo pouco dinheiro, o investimento privado precisa de aumentar", afirmou Victor Lopes, economista-sénior do Standard Chartered Bank.

O país ainda está muito dependente do petróleo, constatou, cujo preço baixo nos últimos 2,5 anos contribuiu para a falta de liquidez em divisa estrangeira, nomeadamente em dólares norte-americanos, o aumento da inflação e do endividamento público.

Mas Angola precisa de melhorar o ambiente de negócios, disse Victor Lopes no Fórum Angola 2017, dedicado ao tema "Diversificação Económica, Desenvolvimento e Fortalecimento da Democracia", organizado pelo Instituto Real de Relações Internacionais (Chatham House) em Londres.

José Octávio Van-Dúnem, diretor do Centro para o Estudo das Ciências Jurídico-Económicas e Sociais da Universidade Agostinho Neto, em Luanda, reconheceu que acabou a era dos "anos de ouro", mas rejeitou que o petróleo tenha sido uma "maldição".

O investimento em infraestruturas como centrais de energia e na rede rodoviária, defendeu, "permitiu resolver principais problemas do pós-guerra, que era a circulação de bens e pessoas e reencontro de famílias".

Maria da Cruz, presidente da Câmara do Comércio EUA-Angola, também referiu a importância de infraestruturas para atrair investimento privado, o qual pode beneficiar do potencial da economia nacional em termos de dimensão e da riqueza de outros recursos.

"O país procura experiência e conhecimento, sobretudo nas agroindústrias, infraestruturas, fabricas de processamento e educação", enumerou.

Søren Kirk Jensen, investigador na Chatham House, lamentou o atraso de Angola em termos de atrair investimento face a outros países africanos e a falta de eficiência no desenvolvimento de infraestruturas.

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