"Todos nós devemos estar conscientes de que uma situação de ato terrorista pode acontecer em Angola, da mesma forma que está a acontecer noutros países", disse Ângelo Veiga Tavares, em declarações emitidas pela rádio pública.
O governante exortou o empenho de todos, sentindo-se igualmente "polícias", contribuindo assim para a segurança do país.
Sem entrar em detalhes por se tratar de um caso que está a ser tratado na Justiça, Ângelo Veiga Tavares fez um breve comentário sobre o processo que envolve seis cidadãos angolanos muçulmanos, cinco dos quais em prisão preventiva desde Dezembro, acusados de organização terrorista e de alegadamente terem jurado "fidelidade e obediência" ao grupo extremista do estado islâmico.
"Esse é um processo que tem a ver com acções ligadas a actos menos correctos de determinados grupos, que podem colocar em causa a segurança do país, não tem nada a ver de forma expressa e directa com qualquer religião", disse o ministro.
O titular da pasta do Interior rejeita a ligação a casos de extremismo islâmico, referindo que o que está em causa as acções do grupo.
"Embora tenham surgido algumas designações, elas têm a ver com determinados grupos, não são acções ligadas a qualquer religião, mas é um processo que está a merecer tratamento a nível dos fóruns competentes. Há acusação, mas ainda não há pronúncia, nós não gostaríamos de entrar em muitos detalhes, vamos deixar que os órgãos de justiça façam o seu papel", disse.
De acordo com a acusação deduzida contra os seis elementos, a 26 de Abril, estes criaram em 2015, em Angola, o "grupo muçulmano denominado ‘Street Da Was’".
A acusação foi deduzida pelo Ministério Público, mas o tribunal de Luanda ainda não decidiu se leva o processo a julgamento, com a pronúncia dos suspeitos.