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Saúde

Governo vai avançar com reforma na saúde. Crises de malária e febre-amarela foram alerta

O ministro da Saúde anunciou uma reforma do sector com vista a "melhorar o desempenho" nomeadamente dos hospitais do país, cuja capacidade foi colocada à prova este ano com as epidemias de malária e febre-amarela.

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A intenção foi transmitida por Luís Gomes Sambo depois da posse, em Luanda, esta Segunda-feira, dos dois novos secretários de Estado da Saúde, Eleutério Hivilikwa e Constantina Pereira Machado Furtado, nomeados para os cargos pelo chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.

"As instituições hospitalares do país funcionam, não estão paralisadas. Algumas funcionam melhor que outras e precisamos de melhorar aspectos da organização, de responsabilização, de desempenho dos próprios profissionais", reconheceu o ministro da Saúde.

O nosso país vive desde o final de 2015 epidemias de malária, que já terá afectado cerca de 400.000 de pessoas só em Luanda, e de febre-amarela, com mais de 2000 pessoas e 325 óbitos.

Luís Gomes Sambo garantiu que a situação está "controlada", com menos casos, óbitos e uma "melhor atenção a quem recorre aos hospitais", os quais, admitiu, enfrentaram no pico das epidemias "rupturas de stock" de "medicamentos essenciais", além de uma clara insuficiência de profissionais de saúde e camas.

Tendo em conta o cenário vivido este ano, Luís Gomes Sambo disse estar a ser preparada uma reforma "para melhorar o desempenho de algumas áreas" do sector da saúde e não escondeu que os hospitais serão alvo dessas medidas.

"Temos de encontrar formas de melhorar o desempenho dos hospitais", enfatizou o governante, acrescentando que no âmbito desta reforma, em moldes ainda não conhecidos, serão criadas "novas estruturas" de apoio à população.

O Ministério da Saúde contava no Orçamento Geral do Estado de 2015 com uma dotação financeira de 405,4 mil milhões de kwanzas, verba que desceu para 341,5 mil milhões de kwanzas nas contas para este ano.

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