A informação, a que a Lusa teve acesso, consta de três autorizações de 31 de Maio, atribuídas pelo Ministério da Geologia e Minas ao abrigo do código mineiro e que, entre outros aspectos, limitam os meios mecânicos a utilizar nestas concessões, no norte do país.
A primeira autorização foi concedida à cooperativa Milando Kunda, envolvendo a exploração semi-industrial de diamantes numa área de 30 quilómetros quadrados, no município de Kunda Dia-Base, e a segunda abrange, nos mesmos moldes, 224 quilómetros quadrados atribuídos à cooperativa Cambo Sungingi, no município de Kaombo. A terceira concessão fica com a cooperativa Kabuto, no município de Xandel, numa área de 160 quilómetros quadrados.
Os documentos referem ainda, para justificar estas concessões, que "dados técnicos" sugerem "que os objectivos de integração dos mineiros artesanais podem ser efectivados de modo eficaz mediante a produção semi-industrial combinada com a produção artesanal".
Nas concessões agora atribuídas, os direitos são por um ano, podendo ser prorrogados por quatro, ficando as cooperativas obrigadas a prestar informações técnicas e económicas à Endiama, sobre a actividade desenvolvida, definem os despachos assinados pelo ministro Francisco Queiroz.
As autoridades têm admitido publicamente a preocupação com o garimpo ilegal de diamantes na região das Lundas, onde está concentrada a produção diamantífera do país, defendendo o modelo de associação em cooperativas, para exploração semi-industrial devidamente autorizada.
Além de Malanje, o Ministério da Geologia e Minas aprovou entre 31 de Maio e 02 de Junho cinco concessões semelhantes para a exploração semi-industrial de diamantes nas províncias da Lunda Norte e Lunda Sul, entre os municípios do Cuango, Saurimo e Lucapa, numa área total superior a 440 quilómetros quadrados.