A informação, a que a Lusa teve acesso, consta de duas autorizações de 27 de Maio, atribuídas pelo Ministério da Geologia e Minas ao abrigo do código mineiro nacional e que, entre outros aspectos, limitam os meios mecânicos a utilizar nestas duas concessões, no interior norte do país.
A primeira autorização é concedida à cooperativa Linga Tchimwe, envolvendo a exploração semi-industrial de diamantes numa área de 54 quilómetros quadrados, enquanto a segunda abrange, nos mesmos moldes, nove quilómetros quadrados atribuídos à cooperativa Kulha.
Os documentos referem ainda, para justificar estas concessões, que "dados técnicos" sugerem "que os objectivos de integração dos mineiros artesanais podem ser efectivados de modo eficaz mediante a produção semi-industrial combinada com a produção artesanal".
As autoridades têm admitido publicamente a preocupação com o garimpo ilegal de diamantes na região das Lundas.
Em ambas as concessões agora atribuídas, os direitos são por um ano, podendo ser prorrogados por quatro anos, ficando as cooperativas obrigadas a prestarem informações técnicas e económicas à concessionária diamantífera nacional, Endiama, sobre a actividade desenvolvida, definem os despachos assinados pelo ministro Francisco Queiroz.
Em todo o ano de 2015, Angola vendeu mais de nove milhões de quilates por 1,181 mil milhões de dólares, que renderam ao Estado, em receita fiscal, mais de 8.667 milhões de kwanzas.