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CPLP incentiva portugueses a parcerias com empresários de Angola e Moçambique

O presidente da Confederação Empresarial da CPLP, Salimo Abdula, defendeu que a realidade angolana e moçambicana representam uma oportunidade para as pequenas e médias empresas portuguesas que queiram fazer parcerias com empresários locais.

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"Esse é o caminho, essa é a grande oportunidade para as PME portuguesas que se juntem, em parcerias, com empresários locais e usem as matérias-primas no sector agro-industrial, no sector dos serviços e turismo e possam contribuir para fazerem negócios, mas também para ajudar à estabilidade e ao crescimento interno", afirmou o dirigente.

Em declarações à Lusa, na cidade portuguesa de Fafe, onde decorrem as segundas jornadas empresariais da CPLP, Salimo Abdula assinalou que Angola e Moçambique "pretendem trazer valor acrescentado aos seus recursos" e "ter que passar a absorver a transformação das matérias-primas para poderem fazer face à carência das divisas".

"Vão ter de produzir mais internamente para o consumo e exportar mais para fazer o equilíbrio das suas economias", vincou.

Face às dificuldades económicas e financeiras por que passam os dois países, o presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa reconheceu a necessidade de os potenciais investidores terem capital.

"Mas, acima de tudo, terem visão, porque se conseguirmos que as empresas venham para o mercado, os custos das aquisições estão muito mais baixos", explicou, enquanto aludia às reduções dos encargos com o arrendamento, aquisições de imóveis e terrenos.

"Os países vão abrir muito mais oportunidades para tudo o que for a substituição das importações", acrescentou.

Questionado sobre se o empréstimo que o FMI (Fundo Monetário Internacional) vai conceder ao Estado poderá ajudar a injectar liquidez na economia local, Salimo Abdula não respondeu, mas avisou que "a entrada do FMI ajuda a disciplinar a governação das instituições públicas e privadas e criar uma igualdade nas oportunidades".

"Quando estamos fora dos olhos das instituições, como o FMI, abusamos daquelas que são as abundâncias que os países oferecem e acabamos por ser engolidos pela má governação", avisou, concluindo: "Angola vai passar por isso, mas serão etapas que devem ser aproveitadas para fazer as mudanças da gestão pública e para o sector privado se aprimorar na governação dos seus negócios".

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