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Angola e Namíbia querem desenvolver negócios partilhados na área das pescas

Os ministérios das Pescas de Angola e da Namíbia pretendem desenvolver negócios partilhados, através de parcerias técnicas e financeiras, bem como captar investimento de outros países.

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A intenção consta de um dos quatro protocolos assinados esta Segunda-feira, em Luanda, entre os dois ministérios, nos domínios da cooperação económica e financeira, da monitorização, vigilância e fiscalização marítima, investigação pesqueira e da aqui-cultura.

Em declarações à imprensa, no final da cerimónia de assinatura, a ministra das Pescas, Vitória de Barros Neto, apontou vários ramos no campo dos negócios que os dois países podem partilhar, nomeadamente a criação de empresas de captura comum, de processamento do pescado.

"Instalar aqui em Angola e na Namíbia facilidades de processamento, conservas por exemplo, no tratamento da filetagem. Há inúmeras oportunidades de negócio, não só nas actividades directamente envolvidas, mas também nas actividades conexas, com a instalação de fábricas de redes, artefactos de pescas, pequenos estaleiros para a construção de pequenas embarcações", apontou a ministra.

Vitória de Barros Neto disse que o país pode tirar grandes benefícios com essa cooperação em termos de formação de quadros e na gestão de pescas.

Lembrou que os dois países partilham o mesmo ecossistema, o da corrente de Benguela, e têm recursos partilhados, cuja investigação deve ser igualmente dividida.

"Podemos tirar benefícios mútuos na implementação de um amplo projecto de aqui-cultura, que os dois países estão a levar a cabo. Há tecnologias que podem ser adequadas quer num ou noutro país, bem como de meios técnicos para a área da investigação pesqueira e da fiscalização", frisou.

Por sua vez, o ministro das Pescas e Recursos Marinhos da Namíbia, Bernhard Esau, destacou os benefícios no maior controlo da pesca ilegal, com a realização de patrulhas conjuntas e a troca de informações entre os dois países.

O governante namibiano disse que os protocolos têm um prazo de execução de cerca de cinco anos, mas periodicamente será submetido a avaliações sobre a sua implementação e ajustes aos novos desafios.

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