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Angola pede cooperação regional em África para travar tráfico de animais selvagens

O vice-Presidente apelou ao reforço da cooperação regional para travar o tráfico envolvendo animais selvagens em África, recordando que, no território angolano, vivem das espécies mais procuradas em todo o mundo.

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A posição foi assumida durante a intervenção nas comemorações internacionais do dia do Ambiente, que decorrem este ano em Angola, numa organização conjunta do Governo e do Programa das Nações Unidas para o Ambiente.

"Existem entre nós cinco das espécies da fauna selvagem mais traficadas no mundo, pelo que se impõe o reforço da cooperação no contexto regional e numa perspectiva global para o combate dessa acção criminosa", defendeu Manuel Vicente, durante a intervenção.

As comemorações do dia mundial do Ambiente de 2016 têm como tema central a luta contra a venda ilegal de animais selvagens, problema que no nosso país afecta nomeadamente o elefante e se faz sentir também com as redes internacionais de tráfico de marfim.

Com a atenção internacional centrada nestas comemorações, distribuídas pelo Cuando Cubango, no sul, e por Luanda, o Governo angolano aproveitou para destacar os resultados na protecção da palanca negra gigante, espécie que, ao fim de 30 anos de ameaça de extinção, volta agora a ser vista na província de Malanje, no norte.

"Uma atenção especial deve ser feita à palanca negra gigante, espécie que só tem o seu habitat em Angola e que esteve quase extinta e que conhece hoje uma melhor situação graças aos esforços conjuntos do Governo e de parceiros do sector empresarial privado", enfatizou o vice-Presidente angolano.

Angola tem 162.642 quilómetros quadrados de áreas protegidas, o que corresponde a 13 por cento do território nacional, entre parques nacionais e regionais, reservas naturais integrais e parciais.

Manuel Vicente recordou que o país está actualmente envolvido em quatro iniciativas de preservação e protecção de ecossistemas - alguns dos quais abrangendo as áreas protegidas nacionais -, com país vizinhos, casos da República do Congo, República Democrática do Congo, Gabão, Namíbia, Zâmbia, Zimbabué e Botsuana.

Além disso, destacou, travar a caça furtiva, que se verifica mesmo nas áreas protegidas do país, assume-se como uma das prioridades: "A República de Angola criou uma unidade de crimes ambientais para reduzir e eliminar a caça furtiva, fortalecer a fiscalização, planificar e gerir melhor a forma de pôr temo ao abate das espécies importantes do ecossistema", disse.

Nesse sentido, foi inaugurada no fim-de-semana, no Cuando Cubango, a primeira escola de fiscais ambientais, numa parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Ambiente e o Governo.

A escola, que funciona numa área com 10 hectares, vai formar anualmente 150 fiscais, número que as autoridades admitem ser suficiente apenas para a fiscalização das áreas protegidas na província do Cuando Cubango.

Durante as comemorações do dia mundial do Ambiente foi ainda divulgado pelo Governo que a unidade de crimes ambientais vai reforçar a presença no aeroporto internacional de Luanda, no âmbito da proibição total de venda de marfim e seus derivados que entrou sábado em vigor. Segundo as autoridades, o aeroporto da capital é a principal porta de saída do marfim do país, através da operação de redes internacionais organizadas.

No âmbito destas comemorações, Angola anunciou ter queimado simbolicamente centenas de quilogramas de peças de marfim apreendidas no país em operações policiais. O Ministério do Ambiente explicou que a proibição do comércio de marfim foi adoptada em cumprimento do disposto na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), que está em vigor desde Janeiro de 2014.

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