A informação foi avançada por António da Silva, director provincial da Agricultura, que adiantou que as obras do projecto agro-industrial de Camaiangala deverão estar concluídas até ao próximo mês de Novembro. O responsável afirmou ainda que a produção de carne deverá atingir a meta das 400 toneladas anuais tendo em conta a criação de mais de três mil suínos.
De acordo com a Angop, a agro-indústria encontra-se neste momento em fase de montagem de fábricas, de forma a iniciar também a produção de milho e ração, sendo que neste caso as previsões apontam para as 10.400 toneladas de farinha de milho por ano e as 10.500 de ração, numa primeira fase exclusivas à alimentação de suínos. Está ainda previsto o cultivo de 3380 hectares de milho, 1200 de soja e 100 de feijão, de forma a auxiliar no combate à fome na província do Moxico e em províncias vizinhas.
O projecto agro-industrial de Camaiangala será implantado numa área de 16 mil hectares, em confluência com os rios Cassai e Luxia. A fazenda será transformada numa cadeia produtiva, com opção para o cultivo em grande escala de milho e arroz, assim como de de feijão, batata-doce, batata rena, amendoim, melancia, arroz, milho e hortícolas diversas, no sistema de irrigação e de sequeiro.
A iniciativa empresarial, orçamentada em 70 milhões de dólares, dará emprego a mais de 70 jovens de Camanongue, incluindo ainda a construção de 40 casas sociais para os técnicos, um mercado rural, armazéns para conservação de produtos, aviário e fábrica de ração animal.
Sabe-se que empresários portugueses tiveram oportunidade de visitar a província do Moxico, de forma a identificarem possíveis áreas de cooperação.
