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Diplomacia angolana defende manutenção do acompanhamento ao Burundi

O ministro das Relações Exteriores angolano defendeu ontem que o Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas para as Questões de Segurança na África Central (UNSAC) deve manter o acompanhamento da crise no Burundi, até que seja alcançada a estabilidade.

Angop:

Georges Chikoti, que discursava na abertura da 40.ª reunião ministerial do UNSAC, que teve lugar em Luanda, sublinhou que deve ser reafirmado o engajamento dos Estados-membros da organização no restabelecimento da ordem pública, de um ambiente seguro e sereno e favorável a um processo eleitoral credível, transparente e pacífico no país.

"Como tem sido prática nas reuniões do Comité Consultivo Permanente, analisaremos a situação geopolítica e de segurança na África Central, com destaque para os recentes acontecimentos na República do Burundi e a consequente crise humanitária causada", referiu o chefe da diplomacia angolana.

O Burundi enfrenta há um mês protestos quase diários, na capital, contra uma terceira candidatura à Presidência do actual chefe de Estado, Pierre Nkurunziza, no poder desde 2005.

O governante angolano, que classificou como "largamente estável" a situação política e de segurança na África Central, apontou alguma preocupação com a instabilidade que ainda se verifica em alguns países, representando uma ameaça real para a paz e segurança regional.

Segundo Georges Chikoti, esses países são membros efectivos da região da África Central, pelo facto reafirmou o empenho e determinação colectiva na busca de soluções duradouras aos desafios de paz, segurança e desenvolvimento.

O chefe da diplomacia angolana chamou atenção igualmente para a questão do terrorismo, que afecta igualmente o continente africano, nomeadamente os ataques protagonizados por células islamitas radicais activas na África Central, ao arco que vai do Golfo da Guiné ao Sahel.

Georges Chikoti apontou ainda os crescentes ataques no Magreb, as acções terroristas do Boko Haram, que continuam a desestabilizar os países da bacia do lago Chade, como preocupações da região.

Para o governante, a prevenção e o combate a esse fenómeno devem ser feitos através da cooperação no plano internacional, regional e bilateral, cabendo à ONU e às organizações regionais e sub-regionais exercer um papel preponderante na luta antiterrorista.

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