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Unicef recomenda mais investimentos na educação da primeira infância no país

O Governo angolano deve aumentar o financiamento à educação da primeira infância, para a melhoria da qualidade e equidade do ensino, com vista a alcançar bons resultados de aprendizagem, recomenda um relatório da Unicef.

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A recomendação consta do relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), sobre Crianças e Mulheres em Angola, apresentado ontem em Luanda. No capítulo que aborda a Educação são reconhecidos os avanços de Angola neste sector, tendo em conta o número de alunos matriculados em todos os níveis, que passaram de 2,2 milhões, em 2001, para 9,5 milhões, em 2014.

Porém, sublinha o relatório, é necessário um maior progresso para resolver as desigualdades de acesso e melhorar a qualidade de ensino. "A participação nos programa de CPI (Cuidados da Primeira Infância) de crianças menores de seis anos continua fraca e existem preocupações quanto à qualidade das classes de iniciação", destaca o documento.

A Unicef considera que foi insuficiente a alocação financeira atribuída para a educação pré-escolar no Orçamento Geral do Estado de 2014, com o objectivo de se obter a expansão do ensino pré-primário prevista no Plano de Acção Nacional-Educação para Todos (PAN-EPT).

Apesar de o número de alunos ter aumentado, a análise constatou que as taxas líquidas de frequência e de conclusão do ensino secundário continuam abaixo da média dos países da África Subsaariana, sendo constatadas "grandes desigualdades na educação entre as zonas urbanas e rurais e os grupos de riqueza.

"Um aumento enorme do número de alunos, uma grande mistura etária nas salas de aula e insumos inadequados, colocaram uma grande pressão sobre o sistema de educação, prejudicando a aprendizagem dos alunos", descreve o relatório.

O fraco desenvolvimento cognitivo das crianças em idade pré-escolar, em resultado do baixo peso e da deficiência de micronutrientes, bem como a inexistência de um ambiente propício para estudar em casa são factores que constituem também preocupação na qualidade do ensino em Angola.

Uma das recomendações prioritárias para a melhoria da qualidade do ensino angolano vai no sentido de se aumentarem os investimentos à educação da primeira infância, recorrendo às melhores práticas regionais para fortalecer a qualidade da iniciação e desenvolver e expandir um modelo pré-escolar sustentável e eficiente em termos de custos.

Acções de formação de professores e de apoio nas áreas de ensino centrado na criança, pedagogia integrada e avaliação de aprendizagem é outra das recomendações daquele órgão da ONU. "Angola necessita de reforçar drasticamente a formação de professores, a supervisão e a gestão escolar. A formação em exercício para professores deve ser alargada", recomenda ainda o relatório.

O documenta recomenda ainda o aceleramento de investimentos na construção e manutenção de escolas a todos os níveis do ensino geral e, em particular no ensino secundário, bem como melhorias no direccionamento geográfico das novas escolas para reduzir as disparidades ainda verificadas entre os centros urbanos e o meio rural.

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