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Projecto-piloto vai ensinar 3200 crianças angolanas a gerir dinheiro

Cerca de 3200 alunos do primeiro e do segundo ciclo de quatro províncias angolanas vão ter aulas de literacia financeira para fomentar a gestão do dinheiro e orçamento familiar, projecto a alargar gradualmente a todo o país.

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O projecto de literacia financeira no sistema de ensino, que envolve o Banco Nacional de Angola e o Ministério da Educação, foi hoje apresentado oficialmente em Luanda, arrancando com a formação de 80 professores que vão leccionar estes conteúdos no âmbito das disciplinas de matemática, história e línguas portuguesa, inglesa e francesa.

Este ano serão introduzidos conteúdos temáticos sobre literacia financeira nas turmas da 7.ª e da 10.ª classe, num total de 16 escolas das províncias de Luanda, Lunda Sul, Namibe e Zaire, na fase de projecto-piloto, mas a alargar a todo o país e a outros níveis de ensino a partir de 2016.

O ministro da Educação, Pinda Simão, disse na cerimónia de apresentação deste projecto que o objectivo é "garantir que crianças e jovens possam estabelecer uma relação consciente e equilibrada com o sistema financeiro". Gestão do orçamento familiar, bancarização e economia, história da moeda, história dos bancos, serviços e produtos bancários, consumo consciente, desejos, necessidades e possibilidades ou direitos dos consumidores são alguns dos conceitos a transmitir aos alunos durante as aulas de literacia financeira.

"Não será uma simples disciplina, mas um canal de transmissão de competências que queremos que sejam assimilados pelos jovens e que os conhecimentos sejam traduzidos em atitudes práticas", sublinhou Pinda Simão.

O Governador do Banco Nacional de Angola, José Pedro de Morais Júnior, explicou que os conteúdos deste programa, a cinco anos, serão desenvolvidos pela própria instituição, que também assegurará a formação dos professores das cinco disciplinas envolvidas. "Este programa é justamente para evitar que as pessoas fiquem com dinheiro em casa. Eu ainda sou da geração em que, quando os nossos pais estavam a discutir dinheiro, os meninos tinham de sair da sala. Isto constitui uma alteração dramática à forma como nós fomos ensinados, agora as crianças passam a ser ensinadas a como lidar com o dinheiro", apontou o governador do banco central.

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