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Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda vai ter laboratório de farmacognosia

Angola vai criar um laboratório de farmacognosia para estudo de substâncias bioactivas de origem natural, como plantas, fungos e microrganismos. O laboratório será instalado no Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda, ainda em construção.

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O local foi esta Quinta-feira alvo de visita da vice-Presidente da República, Esperança da Costa, após uma jornada que incluiu as faculdades de Medicina, Economia e Ciências Naturais da Universidade Agostinho Neto (UAN).

A farmacognosia é o estudo científico das drogas (substâncias utilizadas em medicamentos) e dos princípios activos de origem vegetal ou animal. É um ramo da farmacologia que se dedica à compreensão da natureza, obtenção, análise e uso de produtos naturais para fins terapêuticos. 

Esperança da Costa explicou que a criação do laboratório é uma resposta às dificuldades enfrentadas durante a pandemia da COVID-19, ligadas ao acesso de medicamentos e ao desenvolvimento de uma indústria farmacêutica em Angola.

"É um grande desafio, mas vamos todos trabalhar para que, de facto, se torne realidade a produção de medicamentos no país", reconheceu, adiantando que já está em curso um conjunto de outras medidas que tornam possível o desenvolvimento dessas pesquisas, como a regulação, através da Lei sobre Investigação Biomédica.

Todas essas medidas, afirmou, concorrem para tornar um ambiente que facilite o desenvolvimento dessa pesquisa e o funcionamento pleno do laboratório de plantas medicinais.

Na ocasião, a vice-Presidente da República referiu que a sua presença no Parque de Ciência e Tecnologia de Luanda serviu para aferir o grau de desenvolvimento da obra no âmbito da construção e dos equipamentos, no sentido de intervir para correcção de alguns pormenores fundamentais, caso haja necessidade.

De acordo com a governante, o parque, a ser concluído no final deste ano, vai ter uma valência muito direccionada aos jovens, que poderão ter oportunidade de desenvolver os seus projectos de investigação, inovação, criação de empresas e start-ups, para mais tarde actuarem no ramo do empreendedorismo.

Vice-Presidente em visita à Universidade Agostinho Neto

Sobre a visita às três instituições da Universidade Agostinho Neto (UAN), Esperança da Costa, em companhia da secretária de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação, Alice Almeida, do reitor da UAN, Pedro Magalhães, e da decana da Faculdade de Medicina, Maria Monteiro, inteirou-se do funcionamento dos laboratórios de Genética, Fisiologia, Bioquímica, Microbiologia e Anatomia, e manteve um encontro de auscultação, onde foi informada sobre as preocupações da instituição de Ensino Superior.

A visita contou, igualmente, com a presença do secretário de Estado para as Obras Públicas, Manuel Morales de Abril, e do vice-governador de Luanda para Área Técnica e Infra-estrutura, Calunga Quissanga.

Na Faculdade de Economia, a governante visitou o Laboratório de Informática e de Estágios Supervisionados, os departamentos, e manteve, igualmente, um encontro de auscultação.

Na Faculdade de Ciências Naturais, Esperança da Costa realizou uma visita guiada ao Museu de Geologia, aos laboratórios de Mineralogia e Petrologia Macroscópica, Laminas Delgadas, Micropaleontologia, Geologia, Florescência Raio X, Física e de Química Orgânica.

A vice-Presidente percorreu igualmente as salas de Ecologia, Biologia Animal, Mestrado e Ambiente, Biologia Celular, entre outros comportamentos da instituição.

Em declarações à imprensa, referiu que as faculdades vivem as mesmas necessidades, fundamentalmente de infra-estruturas laboratoriais adequadas aos cursos que são administrados, de quadros qualificados para suportar a docência, e de investigação que é necessária para a melhoria constante da qualidade de ensino.

Neste sentido, disse haver necessidade de reforço da capacidade institucional em todas as faculdades de Medicina existentes no país.

A necessidade de infra-estrutura laboratorial na Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho, em particular, ficará resolvida com a entrada em funcionamento do Hospital Universitário, em construção no espaço adjacente à instituição.

No caso das faculdades de Economia e Ciências, Esperança da Costa disse que serão transferidas para o Campus Universitário, tão logo terminem as obras que já contam com disponibilidade financeira para o efeito.

Por sua vez, o reitor da UAN, Pedro Magalhães, considerou a visita um acto de renovação de esperança para as instituições do Ensino Superior e de demonstração da preocupação do Governo com a formação de quadros e criação de condições para a universidade.

"A vice-Presidente visitou três unidades orgânicas da nossa universidade e teve a oportunidade de tomar contacto com a realidade de cada unidade orgânica, ouviu os gestores das três unidades orgânicas e também deixou recomendações precisas, sobretudo para algumas questões que podem ter solução imediata", resumiu.

A Universidade Agostinho Neto conta com dez unidades orgânicas e ministra mais de 40 cursos de licenciatura e de pós-graduação.

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