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MPLA pede transparência do Governo na prestação de contas à sociedade

O MPLA exortou o executivo a intensificar as acções para garantir uma gestão financeira rigorosa, com a “eliminação de desperdícios e combate implacável” da corrupção, pedindo-lhe ainda transparência na prestação de contas à sociedade.

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“Neste momento, o desafio é fazer mais e melhor. Neste sentido, exortamos o executivo a continuar e a intensificar as acções que visam garantir uma gestão financeira rigorosa, eliminado o desperdício de recursos e combatendo implacavelmente a corrupção”, afirmou o presidente do grupo parlamentar do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Joaquim Reis Júnior.

O deputado que apresentou a declaração política do seu partido, na abertura da reunião plenária desta Quarta-feira, no parlamento, referiu também que um governo “não se mede apenas pelos recursos que mobiliza, mas pela eficiência com que os aplica” e "pela transparência com que presta contas à sociedade”.

Falando na reunião onde é apreciada a Conta Geral do Estado (CGE) referente ao exercício económico de 2023, Reis Júnior, realçou, por outro lado, que a execução orçamental “não é um mero trâmite burocrático” e sim "a materialização das políticas públicas que impactam directamente na vida dos cidadãos”.

O presidente do grupo parlamentar do MPLA criticou também os “discursos populistas e promessas vazias” da UNITA e garantiu que o seu partido vai lutar com todas as suas forças para defender o “valor maior, inestimável e insubstituível” da democracia.

Reis Júnior disse que há partidos e lideranças que fogem ao debate honesto no parlamento e “querem vencer pelo caos”, optando “pelo caminho fácil do populismo, da desinformação e do ataque sistemático às instituições”.

“Trocam factos por palavras de ordem simplistas, espalham mentiras como se fossem verdades e alimentam o descrédito contra a classe política da qual fazem parte, contra o parlamento onde têm assento”, afirmou o político do MPLA, aludindo à UNITA.

Reis Júnior disse ainda que a oposição não apresenta soluções concretas para a resolução dos problemas do país, mas antes “difama adversários” e “quando perde nas urnas ou nas votações, ao invés de aceitarem pacificamente o resultado, preferem incendiar as ruas e semear a desordem”.

“Isso não é política, é desrespeito. Desrespeito pela democracia, pelo Estado de direito e desrespeito pelo povo que nos elegeu. Quando transferimos discussões complexas para fóruns impróprios, corremos o risco de substituir a razão pela emoção”, vincou.

Criticou também o “debate pela gritaria e a lei do mais barulhento”, que para o político do MPLA, tem sido prática da oposição, sobretudo da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), a nível da Assembleia Nacional.

“E se quisermos proteger e reforçar a nossa democracia e as suas instituições, que muito sangue, suor e lágrimas custaram aos angolanos, esse não é, seguramente, o caminho a seguir”, referiu, observando que uma democracia “não se constrói com arruaças”.

A ausência de sentido de Estado “desqualifica-nos quando pretendemos ser poder. Por mais força se que se tenha, por mais alto que se fale ou se grite, por mais confusão que se faça, se não se tem sentido de Estado, dificilmente se deixa de ser oposição”, insistiu o presidente do grupo parlamentar o MPLA, garantiu ainda, na sua intervenção, que a democracia “será sempre um valor maior, inestimável e insubstituível pelo qual o seu partido vai lutar e defender com todas as suas forças”.

A Assembleia Nacional aprecia esta Quarta-feira o relatório de execução da Conta Geral do Estado referente ao exercício económico de 2023.

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