O debate centrou-se na ideia da criação de um Fundo de Desenvolvimento Africano, uma decisão da União Africana tomada em 2022.
As discussões estiveram centradas sobre os mecanismos de operacionalização do Fundo pretendido, tendo sido referidos vários exemplos de financiamentos destinados ao desenvolvimento do continente e concretizados por instituições de crédito africanas, como o BAD e o Afreximbank.
Segundo um comunicado da Presidência da República de Angola, a Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA-NEPAD) foi parte activa na mobilização das instituições financeiras africanas que estiveram em Luanda a trabalhar com o Presidente da União Africana.
João Lourenço explicou que a agência foi mandatada a liderar a criação do Fundo de Desenvolvimento da Agenda 2063 da União Africana, com vista a mobilizar recursos financeiros, tanto públicos como privados, para apoiar os esforços de desenvolvimento em África.
Explicou que "a ausência ou fragilidade das infra-estruturas constitui um dos maiores obstáculos ao progresso no continente africano", referindo que a reunião decorrida esta Terça-feira em Luanda "representa um sinal claro de que a África está pronta para assumir o controlo do seu destino através de soluções africanas para os desafios do continente."
O Presidente avançou ainda que será organizada a III Cimeira sobre Financiamento de Infraestruturas em África, que decorrerá no próximo mês de Outubro, em Luanda.