“A abertura da embaixada de Angola permitirá o alavancar de uma cooperação multifacetada com a dinamização regular de visitas de alto nível, e não só, contribuindo para uma cooperação político diplomática mais atuante entre os nossos dois países”, afirmou o secretário de Estado para a Administração, Finanças e Património do Ministério das Relações Exteriores de Angola, Osvaldo dos Santos Varela.
O governante, que discursava na cerimónia de inauguração da embaixada, em representação do chefe da diplomacia, Téte António, salientou também que a abertura da embaixada vai permitir identificar áreas prioritárias de cooperação económica e promover a assinatura de acordos e o investimento nas economias de ambos os países.
No discurso, o secretário de Estado afirmou que a visita do Presidente João Lourenço a Timor-Leste vai realizar-se “proximamente”, depois de ter sido adiada em Março devido a imperativos de agenda.
O ministro dos Negócios Estrangeiros timorense, Bendito Freitas, disse que a embaixada de Angola é um “símbolo vivo e dinâmico da amizade, solidariedade” entre os dois países e um “passo decisivo” para aprofundar as relações bilaterais e explorar novas áreas de cooperação, incluindo educação, saúde, agricultura, energia e comércio.
Bendito Freitas recordou também que Timor-Leste abriu a embaixada em Luanda em Junho do ano passado, durante a visita do Presidente timorense, José Ramos-Horta, a Angola, durante a qual foram assinados três acordos, incluindo um para formação diplomática.
Na cerimónia, que contou com a presença de vários membros do Governo e do corpo diplomático acreditado em Díli, esteve também o chefe de Estado timorense, que lembrou que o continente africano é um dos “maiores blocos económicos do mundo” de comércio livre, com uma população jovem, e que tem sido “muito cobiçado” e “maltratado” ao longo de séculos.
A embaixada de Angola em Timor-Leste é chefiada por José Andrade de Lemos, que entregou as cartas credenciais em maio do ano passado, tornando-se no primeiro embaixador de Angola a residir em Timor-Leste, mas também o primeiro do continente africano, incluindo dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).