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Oxford Economics corta crescimento da economia de 2,9 para 1,6 por cento este ano

A consultora Oxford Economics reviu em forte baixa a previsão de crescimento da economia de Angola este ano, de 2,9 para 1,6 por cento, devido à previsível quebra de 6,6 por cento na produção petrolífera.

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"A produção de petróleo bruto diminuirá 6,6 por cento este ano, para uma média de 1,09 milhões de barris diários, recuperando depois de forma moderada para uma média de 1,13 milhões em 2026, assumindo que os novos projectos da TotalEnergies comecem a produção", escrevem os analistas do departamento africano desta consultora britânica, baixando a previsão de crescimento da produção petrolífera, de 1 por cento, para uma queda de 6,6 por cento.

"Como o sector petrolífero representa 25 por cento do Produto Interno Bruto (PUB) de Angola, mais de 50 por cento das receitas do governo e quase 90 por cento do total das exportações, a revisão em baixa da estimativa de produção de petróleo terá um impacto significativo no crescimento económico deste ano", acrescentam, sustentando assim a revisão da estimativa de expansão da economia.

"Vamos reduzir a nossa previsão de crescimento real do PIB para 2025, de 2,9 por cento para 1,6 por cento", explicam, apontando que a descida do preço do petróleo, de 75 dólares em Fevereiro para cerca de 65 dólares em meados deste mês, "piorou ainda mais as perspectivas para as receitas das exportações de petróleo".

De acordo com os dados da Agência Internacional da Energia, a produção de crude em Angola desceu para 1,06 milhões de barris diários em Abril, ligeiramente abaixo dos 1,07 milhões em Março, o que compara com uma produção de quase 1,18 milhões de barris diários no ano passado, e é o nível mais baixo desde Junho de 2023.

Projectos da TotalEnergies e da CLOV3 não começaram a funcionar em 2024 e até agora como estava previsto, e na ausência de outros que aumentem a produção, "os números vão continuar sob pressão no resto do ano".

Apesar destas dificuldades, a Oxford Economics diz que há vários desenvolvimentos positivos para o segundo maior produtor de petróleo na África subsaariana, nomeadamente os novos investimentos que podem chegar a 60 mil milhões de dólares nos próximos cinco anos, e a entrada em funcionamento de novos projetos da Eni e da Azule Energy, em 2026.

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