Segundo um comunicado do Governo Provincial de Malanje, a que o VerAngola teve acesso, coube ao Instituto de Fomento Turístico de Angola (INFOTUR) a apresentação da "carta do roteiro que, posteriormente, foi entregue ao Governo Provincial de Malanje".
Na ocasião, Franco Mufinda, vice-governador para o Sector Político, Social e Económico, aproveitou para agradecer o "empenho de todos que contribuíram para a elaboração do documento".
Citado no comunicado, o vice-governador deixou ainda um apelo aos investidores, e não só, no sentido de visitarem a província de Malanje para conhecerem "de perto as suas potencialidades turísticas".
Embora tenha realçado o leque de potencialidades que Malanje possui, considerou que ainda é preciso ultrapassar alguns desafios que se prendem com a melhoria da acessibilidade e recuperação da rede de hotéis locais. Citado pela Angop, disse ainda que a província possui neste momento um acervo com 69 locais turísticos controlados, sendo que se encontra em trabalhos para a construção do memorial do soberano do reino do Ndongo.
Segundo o comunicado, no fim da cerimónia "os contactos com a delegação de Malanje multiplicaram", com diversos empresários do ramo a mostrarem-se "prontos para explorar o que de bom tem a terra dos soberanos do Ndongo e da Matamba".
Mas, afinal no que consiste esta rota turística? O documento compreende informações globais acerca da província, bem como os principais recursos turísticos e ainda um mapa legendado.
Segundo a Angop, este roteiro tem enumerados 23 pontos, que vão desde naturais, culturais, religiosos e arquitectónicos, de fácil acesso. Entre os locais turísticos, realçam-se, por exemplo, as Quedas de Calandula (situadas em Calandula, a cerca de 90 quilómetros da cidade de Malanje), as Pedras Negras de Pungo A Ndongo (situadas no município de Cacuso, a cerca de 114 quilómetros de Malanje), o Parque Nacional de Cangandala (em Cangandala, a cerca de 60 quilómetros de Malanje), a Aldeia da Kinjila, as missões católicas de São Miguel Arcanjo, a evangélica do Quéssua, as Quedas de Musseleji e as dos Bem Casados, a Ilha de Ngola Kiluanje, as Pegadas da Rainha Njinga Mbandi, o seu busto e também o seu túmulo, etc.
Na cerimónia de apresentação, Rossini Almada, chefe do departamento de Estudos, Projectos e Apoio ao Investimento do INFOTUR, esclareceu que as rotas são desenvolvidas, considerando os aspectos específicos dos sítios, a sua história, gastronomia, cultura, bem como as características geográficas que fomentam o desenvolvimento local.
Segundo o responsável, citado pela Angop, tratam-se de percursos definidos por diversas componentes que lhes atribuem identidade, para propósitos de planeamento, fomento e comercialização turística das localidades.
A par da rota de Malanje, também já se lançaram as rotas turísticas de Mbanza Kongo (Zaire), Luanda/Cabo Ledo, bem como as rotas culturais da capital, designadamente a dos Museus de Luanda e a Luanda Através dos Séculos, referiu o responsável que fez ainda saber que o Ministério do Turismo deu início à preparação de roteiros de maneira integrada em oito províncias (Luanda, Malanje, Benguela, Cuanza Norte, Namibe, Huíla, Cuando Cubango e Zaire).
Na criação da rota de Malanje estiveram envolvidos o Ministério do Turismo, o Instituto Nacional do Ordenamento do Território, bem como as administrações municipais e o governo de Malanje.
Refira-se que a presente edição da BITUR tem como lema "O Turismo como factor determinante para a diversificação da economia em Angola" e vai decorrer até Sábado na Huíla.
