A responsável adiantou que a campanha vai ser lançada na Sexta-feira, na comuna de Calumbo, município de Viana. Esta campanha vai compreender duas fases, com a primeira a realizar-se já no final desta semana, mais concretamente até Domingo, e a segunda estando marcada para entre 28 e 30 de Junho.
De acordo com Helga Freitas, citada pela Angop, o plano de vacinação vai ser realizado porta a porta e nos locais habituais, tais como centros de saúde, escolas, creches e mercados.
Assim, deixou ainda recomendações aos pais, no sentido de levarem as crianças entre os zero e quatro anos até aos locais de vacinação ou então permitirem aos vacinadores efectuarem a imunização sem restrições na altura em que se deslocarem até às suas residências.
Disse igualmente que erradicar a pólio se assume como um compromisso tanto global como de Angola no sentido de salvaguardar a saúde das crianças, bem como manter o país livre de pólio.
Helga Freitas explicou que esta campanha surgiu na sequência de ter sido confirmada a presença de poliovírus resultante da vacina tipo 2 em amostras ambientais de água de esgotos com recolha feita na capital, pelo Laboratório de Referência da Organização Mundial da Saúde na África do Sul, a 25 de Janeiro deste ano, cujo isolamento decorreu num sítio de recolha de amostras da vigilância ambiental da doença na centralidade do Sequele (Cacuaco) em Dezembro do ano passado, escreve a Angop.
Já Felismina Neto, coordenadora do programa alargado de vacinação da província de Luanda, adiantou que a logística possui um grupo alvo a se alcançar no número de crianças e que em Luanda se quer alcançar aproximadamente 60 por cento de crianças imunizadas, no sentido de assegurar que a capital se encontra pronta a dar resposta à necessidade do grupo alvo e do número em questão.
Assim, referiu que estão a concretizar campanhas porque há países limítrofes que têm surto desta doença: "Estamos a realizar campanhas porque existem países limítrofes que têm surto de pólio e devido à mobilidade de pessoas deve-se prevenir a transportação dos agentes biológicos".
Citada pela Angop, a responsável alertou que esta doença após entrar no organismo pode não ser mortal, mas pode provocar sequelas irreversíveis, pelo que a vacinação é a forma mais segura de o prevenir, tendo acrescentado que não há contra-indicações para as crianças não serem imunizadas e que mesmo que tenham sido vacinadas com a de rotina devem na mesma receber a vacina de campanha.
Mais de 11 mil pessoas encontram-se envolvidas e mobilizadas para esta campanha.
Recorde-se que, desde 2010, não são detectados, na capital, casos de poliovírus selvagem, tendo a última notificação se dado no Cazenga. Segundo a responsável, Luanda conta com uma baixa cobertura da vacinação que é a pólio injectável, pelo que se precisa de reforçar a rotina nas infra-estruturas de saúde e outros postos, escreve a Angop.
Na Segunda-feira, o Ministério da Saúde anunciou o arranque da campanha de vacinação, referindo que esta visa prevenir e dar resposta à ocorrência de um caso de poliomielite importado de países vizinhos.