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Portugal e Angola reforçam cooperação no apoio à internacionalização das suas empresas

A AIPEX e a AICEP, a sua congénere portuguesa, formalizaram, esta Segunda-feira, em Lisboa uma parceria, que aposta no desenvolvimento da cooperação nas áreas da formação, boas práticas das missões empresariais e informação de suporte à internacionalização das empresas.

: Facebook Aipex Angola
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O novo presidente da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX), Arlindo das Chagas Rangel, sublinhou em declarações à Lusa a importância da "declaração de parceria" assinada esta Segunda-feira, nomeadamente no que ajuda a responder às necessidades angolanas "em termos de capacitação e identificação de mercados e oportunidades".

Rangel trouxe a Portugal as preocupações do Governo com dois sectores fundamentais, o energético – esta Terça-feira a equipa da AIPEX visitará o complexo portuário logístico industrial de Sines – e o da segurança alimentar.

"A segurança alimentar é um sector vasto, requer infra-estruturas, logística, e [sobretudo] produção, e vamos focar-nos neste sector", anunciou à Lusa.

"Estamos num processo de abertura, de nos darmos a conhecer e, com o apoio e ajuda do AICEP, tentarmos usar os canais [da agência portuguesa] para conseguirmos aumentar o investimento directo estrangeiro (IDE) em Angola", acrescentou.

Filipe Santos Costa, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) sublinhou a importância da parceria em "três áreas principais de cooperação" – formação genérica da congénere angolana enquanto agência para o investimento e comércio externo focada na angariação de investimento; e ainda na organização de missões empresariais para captação desse investimento; e finalmente na informação de suporte à internacionalização das empresas.

"O acordo espelha a interligação entre as duas economias, porque Angola é um mercado não-europeu muito importante para Portugal (...) pelo número enorme de empresas portuguesas que estão comprometidas com o mercado angolano", acentuou Santos Costa.

O líder da AICEP destacou a importância da "abertura de território" por parte de Angola, materializada na aposta do Governo angolano no desenvolvimento de infra-estruturas, nomeadamente das redes de água e eléctrica.

"Aproveitar as oportunidades e desenvolver investimentos públicos ou privados nas infra-estruturas de transportes, nas redes de utilidades, são seguramente investimentos com retorno", sublinhou Santos Costa.

Também o gestor português destacou o sector agro-alimentar angolano como "foco" de atenção, não apenas pelas oportunidades de investimento na agricultura, propriamente dita, como "em redes logísticas, de abastecimento, na agro-indústria, e num verdadeiro desenvolvimento de todo o sector agro-alimentar" – que é também uma das nossas prioridades portuguesas.

Angola, por seu turno, e nos termos de Arlindo Rangel, manifestou em Lisboa "a sua total disponibilidade" para que a parceria assinada esta Segunda-feira "se constitua numa sólida base de um novo e exemplar modelo de cooperação, inovação e de sucesso entre ambas as partes".

"Juntos, podemos enfrentar os desafios futuros e transformar as oportunidades em realizações tangíveis, que beneficiarão as nossas comunidades empresariais e os nossos países", afirmou o presidente da AIPEX.

A assinatura da parceria, integrada num conjunto de acções que decorrem esta Segunda e Terça-feira, culmina uma "acção de diálogo" entre as duas instituições congéneres, que incluiu um workshop em Luanda em meados de Abril último, a capacitação online de 20 técnicos e dirigentes da AIPEX pela Academia AICEP, a elaboração de um estudo sobre as experiências portuguesa e angolana na promoção da exportação e atracção de investimento e criação de um guia de boas práticas para missões empresariais.

A acção foi apoiada pela União Europeia, com financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento, no quadro do reforço do diálogo de políticas públicas entre os 27 e Angola na área do crescimento económico, desenvolvimento sustentável e apoio ao esforço de diversificação económica do país.

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