Chegaram de vários pontos da capital e de Angola, mas não só. Originários também de Moçambique, Cabo Verde, Marrocos, Portugal, Brasil, França, Itália e Rússia, são 93 os voluntários que desde o passado dia 30 ajudam a tornar realidade o Campeonato Africano de Natação, do qual Luanda é casa da 16.ª edição. Todos - mesmo os estrangeiros - são atletas ou ex-atletas e também filhos de desportistas da modalidade.
A lista é composta por 20 adultos, 45 jovens e 18 crianças. Os angolanos presentes são na grande maioria oriundos das equipas juvenis do 1.º de Agosto e do Clube Náutico da Ilha de Luanda.
Quando comparado com o número de voluntários do Zonal IV, que se disputou no país em 2023, a lista de voluntários cresceu, adianta Gizela dos Santos à Angop. A responsável explicou que os voluntários se dividem em dois grupos, alternando entre manhã e tarde, mas há mesmo quem esteja o dia todo presente na competição.
Recordou que está é uma actividade não remunerada - respeitando regras internacionais da modalidade - sendo que a grande mais-valia passa pela possibilidade de troca de know-how e experiências com atletas de alta competição.
A maior parte dos voluntários é falante de idiomas internacionais, sendo fluente na lingua inglesa e francesa, o que facilita a comunicação com a grande maioria dos nadadores.
Para além disso, os voluntários foram ainda submetidos a uma formação, ministrada por membros da 'África Aquática', aprendendo sobre vários temas, entre os quais disciplina, responsabilidade, sincronização e supervisão de perdidos e achados.
A 16.ª edição do CAN decorre na Piscina do Alvalade, em Luanda, desde dia 30 de Abril, terminando no próximo Domingo, dia 5 de Maio. Esta Sexta-feira, é esperada na capital a presença de Husain Al Musallam, presidente da Federação Internacional de Natação. No Sábado terá lugar um congresso que elegerá o novo presidente da Confederação Africana de Natação.
O terceiro dia da competição, que decorreu esta Quinta-feira, ficou marcado pela prova de Lia Lima nos 200 metros mariposa, que quase valeu novo pódio para Angola. A nadadora - que conseguiu, para já, a única medalha de Angola na competição (prata) - ficou apenas a 0,33 décimos do terceiro lugar, equivalente à medalha de bronze. Lia vale a Angola o oitavo lugar na competição, liderada actualmente pelo Egipto (11 medalhas de ouro, oito de prata e 10 de bronze), seguido pela África do Sul, Argélia, Senegal, Sudão, Ilhas Maurícias, Uganda, Tunísia e Gana.