Segundo o director nacional da Indústria, em Fevereiro, foram apurados pelo Ministério da Indústria e Comércio mais de uma dezena de operadores, cujos três já licenciados, para importar 60 toneladas de açúcar, através de um concurso público "leilão invertido".
O responsável, falando à Angop, adiantou que do referido volume de toneladas, desde Março, se distribuíram 15 mil toneladas, que teve um impacto na ordem dos 3,53 por cento na diminuição do preço final do açúcar até agora, e acrescentou que as outras 45 mil toneladas têm chegada prevista ao país a partir do próximo mês.
Além disso, avançou que estão a ocorrer os procedimentos para licenciar os outros operadores apurados para o processo que visa importar as 210 mil toneladas conjecturadas até ao fim deste ano.
Segundo o responsável, a necessidade de consumo anual do país ronda entre 210 e 244 mil toneladas, com a produção interna a situar-se em aproximadamente 100 mil toneladas, o que corresponde a 44 por cento do consumo interno.
Relativamente à regularidade na distribuição, bem como aos graus de produção do país, o responsável apontou que o objectivo passa pelo incentivo à produção de cana-de-açúcar, visando alcançar a auto-suficiência deste produto até 2027, escreve a Angop.
Nesse sentido e no quadro de um programa determinado pelo Governo, disse terem sido identificados em Malanje 10 mil hectares de terreno destinados à plantação de cana-de-açúcar, visando o incremento significativo da quota de produção do país.
Assim, informou que, até ao próximo ano, se vai implementar uma unidade fabril de produção com matéria-prima totalmente nacional, que será capaz de proceder à refinação de 3000 toneladas diárias, cujo investimento é privado, escreve a Angop.
Na ocasião, também indicou que os produtores têm a possibilidade de recorrer ao Fundo de Garantias de Crédito, no sentido de financiar a produção de cana-de-açúcar.
