Intervindo na II edição da Angola Banking Conference, que decorreu esta Quarta-feira sob o tema "Desafios, Tendências e Oportunidades da Banca em Angola", Luís Teles considerou que a participação dos bancos na concretização do compromisso de alcançar uma economia neutra em carbono até 2050 – compromisso assumido por um grupo de mais de 120 países, entre os quais Angola – é "muito importante", sendo que deve impulsionar "os clientes a reverem os seus modelos de negócios, optando por criar e desenvolver negócios com menos pegada carbónica", através de "uma base de dados organizada que permite saber categorizar o tipo de negócio que estão a financiar, os impactos positivos sociais, económicos e ambientais dos negócios".
De acordo com um comunicado remetido ao VerAngola, para o Standard Bank de Angola, "constitui prioridade financiar investimentos sustentáveis e capacitar as suas equipas em matérias de sustentabilidade".
Assim, o CEO do SBA, citado na nota, referiu que o banco (que é detido pelo Standard Bank Group), "tem a ambição de financiar a transição energética em África".
"Não só pelas expectativas do mercado e dos investidores, mas também por fazer parte da cultura organizacional do grupo a promoção de políticas que facilitam a transição energética, financiando iniciativas que cumpram com os critérios ESG", acrescentou.
No país, o SBA constituiu uma Direcção de Cidadania Corporativa, "que tem como responsabilidade a concretização de uma estratégia de sustentabilidade suportada por um conjunto de iniciativas que têm como pilares as pessoas, a comunidade, o planeta e o crescimento económico sustentável", lê-se na nota.
Luís Teles fez ainda saber que este ano, pela primeira vez, vão publicar o Relatório para a Sociedade. "Este ano, pela primeira vez, vamos publicar o nosso Relatório para a Sociedade, que foca nos temas ligados ao impacto social, ambiental e económico do nosso negócio, e com isso esperamos contribuir para influenciar o sector e os nossos clientes para a necessidade de terem em atenção o impacto dos seus negócios, do ponto de vista económico, social e ambiental", apontou.
Refira-se que o encontro juntou peritos nacionais e internacionais do sector bancário, no sentido de debater, entre outras questões, a "regulação, as exigências de capital e os reportes financeiros, a gestão de risco, tecnologias disruptivas, taxas de juro reduzidas, e a qualidade da gestão de dados, de forma a impactar positivamente os lucros corporativos, a estreitar a relação com o cliente e a apoiar a adopção dos critérios Ambiental, Social e Governança (ESG)", completa o comunicado.