A condecoração – de acordo com uma nota da Presidência da República, a que o VerAngola teve acesso – aconteceu na noite de Quarta-feira. "Na noite de Quarta-feira, primeiro dos dois dias de visita do Presidente João Lourenço à Itália, o chefe de Estado angolano foi condecorado com a Ordem do Mérito da República Italiana, a ordem mais alta que as autoridades italianas concedem para reconhecer serviços relevantes prestados, que vão da política à economia, artes e actividades de carácter social", lê-se na nota.
Segundo o comunicado, João Lourenço recebeu a ordem "das mãos do seu homólogo italiana, Sergio Mattarell".
João Lourenço também retribuiu o gesto, tendo distinguido o "presidente Sergio Mattarella e a primeira-dama Laura Mattarella com a mais alta distinção que atribui a entidades estrangeiras, a Ordem Agostinho Neto", refere ainda a nota.
As distinções aconteceram durante um jantar oferecido ao Presidente da República e respectiva delegação no Palácio de Quirinale.
João Lourenço, ao discursar no jantar, aproveitou para agradecer a outorga da ordem: "Do fundo do meu coração, agradeço a outorga da Ordem de Mérito da República Italiana, que recebo em representação de todo o povo angolano, na verdade o grande merecedor desta distinção, pela sua contribuição à causa da libertação dos povos, da paz e da harmonia entre as nações", disse.
Já sobre a outorga da Ordem Agostinho Neto ao presidente e primeira-dama italianos, o chefe de Estado disse que o fizeram "como gesto de reconhecimento pelo apoio que o povo italiano" conferiu à luta de libertação nacional que levou à independência.
"Ao outorgamos a Ordem Agostinho Neto a vossa excelência e à excelentíssima primeira-dama a mais alta condecoração atribuída a entidades estrangeiras, fizemo-lo como gesto de reconhecimento pelo apoio que o povo italiano, através de organizações da sociedade civil, prestou à luta de libertação nacional que nos conduziu à Independência Nacional", referiu.
O Presidente também salientou o "facto de a Itália ter sido o primeiro país europeu a reconhecer, em Fevereiro de 1976, Angola como um Estado soberano, e ter sabido manter as relações de amizade e cooperação económica com Angola nos difíceis anos do conflito armado até à presente data".
No seu discurso, disse igualmente que se deslocaram a Itália com "o propósito de aprofundar os laços de amizade e de cooperação já existentes entre" os dois países, bem como de "reafirmar o desejo de ver cada vez mais investimento privado italiano em Angola e angolano na Itália".
Assim, afirmou que o "ambiente de negócios que se vive em Angola é bastante favorável ao investimento privado estrangeiro em todos os domínios da economia que sejam do interesse dos investidores".
"Nos encontros que mantive durante o dia de hoje [Quarta-feira], pude constatar perspectivas animadoras para o futuro próximo das nossas relações", apontou João Lourenço, que acrescentou: "reforço, por isso, a esperança de que esta minha visita à Itália represente um marco importante na construção de uma parceria forte com benefícios recíprocos".