Sobre o facto de a fazenda ter conseguido produzir 4000 toneladas de arroz numa área de 600 hectares, Nunes Júnior considerou tratar-se de um cenário que está em linha com as metas do Governo "na medida em que o arroz é um produto eleito para o Planagrão".
Assim, o ministro disse ser um "bom nível em termos de produtividade". "É um bom nível em termos de produtividade, sobretudo quando tivermos em consideração que a empresa tem a previsão de nos próximos três anos atingir a produção de aproximadamente 70 mil toneladas de arroz", afirmou, citado pelo Jornal de Angola.
Na ocasião, Manuel Nunes Júnior incentivou outros empreendimentos a seguirem o exemplo da referida fazenda, visto que se tiverem "mais fazendas a produzir com o mesmo nível de escala, com o mesmo nível de produtividade", poderão "ver os objectivos do Planagrão alcançados".
"A fazenda é um bom exemplo daquilo que Angola pode fazer, sobretudo por se ter apostado no conhecimento, no saber fazer, na capacidade de realização das coisas importantes", disse ainda o ministro.
Reconhecendo ainda a parceria da empresa nacional com uma congénere chinesa, o ministro de Estado para a Coordenação Económica afirmou que o modelo que se encontra a ser seguido deverá servir de exemplo, justificando: "Porque este é o caminho para sairmos rapidamente da grande importação que temos de vários produtos da nossa cesta básica e permitir, assim, baixar as importações, produzir internamente, ganharmos em termos de emprego e de impostos que entram para os cofres do Estado", cita o Jornal de Angola.
Já o ministro do Comércio e Indústria, Victor Fernandes, referiu que quando elegeram o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi), a diversificação da economia e aposta na produção nacional, era este o resultado que previam. "Quando elegemos o Prodesi, a diversificação da nossa economia e a aposta na produção nacional, era esse o resultado que augurávamos. É exactamente por isso que o Governo criou esses três planos tão importantes, o Planagrão, o Planapecuário e o Planapescas. Os mesmos têm como objectivo potenciar esse tipo de actividade", disse, citado pelo Jornal de Angola.
Por seu turno, o ministro da Agricultura e Florestas, Francisco de Assis, manifestou-se emocionado com o facto de ver jovens locais a dirigirem máquinas pesadas. Além disso, deixou ainda garantias de que o seu sector continuará a dispensar o apoio necessário "para que outras empresas se sintam atraídas a juntarem-se à mesma causa", refere uma nota do Governo Provincial de Malanje, a que o VerAngola teve acesso.
Enquanto o governador provincial, Marcos Nhunga, "aproveitou o momento para reforçar que Malanje tem potencial para uma participação forte no Planagrão", acrescenta o comunicado.
"A empresa prevê aumentar a sua produção, num período de três anos, de 600 para 10 mil hectares cultivados, o que vai permitir a colheita de 70 mil toneladas de arroz e aumentar os postos de trabalho de 200 para 1000", lê-se na nota, que dá ainda conta de que a Fazenda Marsiris fez uma doação, nesta Terça-feira, de 50 toneladas de arroz às famílias vulneráveis e vítimas das chuvas.
Em termos de investimento, Sónia Morais, gerente da Fazenda Marsiris – citada pelo Jornal de Angola – revelou que já se investiram cerca de cinco milhões de dólares no empreendimento.