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Empresas da ZEE vão beneficiar de incentivos fiscais para empregar jovens

As empresas que se encontram instaladas na Zona Económica Especial (ZEE) vão beneficiar de incentivos fiscais visando facilitar a contratação de jovens. O anúncio foi feito pelo administrador executivo da ZEE, Adriano Celso Borja, nesta Terça-feira, ao falar na nona edição do 'Café CIPRA'.

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"As empresas instaladas na Zona Económica Especial (ZEE) vão beneficiar de um pacote de desagravamento da receita, para facilitar a contratação de mais jovens qualificados à procura de emprego", lê-se num comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso.

Citado no comunicado, Adriano Celso Borja explicou que se irá "abdicar de cinco por cento da receita" das unidades fabris no sentido de estas contratarem jovens.

"Vai se abdicar de cinco por cento da receita das fábricas para que elas empreguem, nesta proporção, jovens em idade activa", afirmou o administrador executivo, que esclareceu que a realização deste propósito se encontra "alicerçada a uma solução designada 'Bolsa de Oportunidades'".

De acordo com o comunicado, a referida bolsa tem em vista "a captação de informações dos jovens interessados neste projecto, avaliar a sua competência estrutural" e enquadrá-los "no mercado de trabalho, no intuito de aproveitar o potencial que carregam para garantir o crescimento económico".

Na ocasião, o responsável referiu igualmente que se encontram instaladas 157 empresas na ZEE, porém somente 81 estão operacionais, tendo já gerado 7500 empregos efectivos directos.

"Com um volume de negócios confirmados de 60 milhões de euros e um potencial para gerar cerca de 10 mil empregos até ao final deste ano, a ZEE espera elevar para 100 o número de empresas funcionais neste mesmo período", lê-se no comunicado.

Adriano Celso Borja disse ainda que actualmente a indústria ligeira ocupa 62 por cento da produção global na zona económica, ao qual se segue o domínio do comércio (28 por cento) e os serviços (10 por cento). "Neste momento, a indústria ligeira ocupa uma cifra de 62 por cento da produção global na ZEE, seguindo-se o sector do comércio com 28 por cento e o dos serviços com 10 por cento. Portanto, nota-se uma mudança de atitude dos nossos empresários, muito focados na produção genuína", referiu, citado no comunicado.

No primeiro trimestre, acrescenta a nota, "as receitas da ZEE registaram um crescimento de 116 por cento em relação ao período homólogo no ano anterior".

Segundo o responsável, no início do ano passado, a receita ficou estimada em dois milhões de dólares, ao passo que a receita deste trimestre se estimou em quatro milhões de dólares.

"No início do ano passado, a receita estimou-se em dois milhões de dólares. Nesta altura, a receita deste trimestre estimou-se em quatro milhões de dólares, o que demonstra que há apetência de empresários para participar no projecto ZEE, com vantagens competitivas tanto do ponto de vista geográfico, como de infra-estruturas propulsoras de investimento privado", afirmou Adriano Celso Borja, citado no comunicado.

A nona edição do 'Café CIPRA' teve como tema "O relançamento da indústria e o fomento da empregabilidade" e, além de Adriano Celso Borja, participaram igualmente os ministros da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, e da Economia e Planeamento, Mário João Caetano, bem como o presidente do Conselho de Administração da AIPEX, Lello Francisco.

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