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Taxa de electrificação nacional deverá alcançar os 72 por cento até 2050, estima Governo

A taxa de electrificação nacional deverá alcançar os cerca de 72 por cento até 2050. De acordo com as metas delineadas na Estratégia de Longo Prazo (EPL) Angola 2050, o país terá de transportar energia a mais de 6,4 milhões de famílias até 2050 para alcançar esse propósito.

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Assim, deverá registar-se um aumento da taxa de electrificação nos próximos anos. Segundo as metas presentes no EPL Angola 2050, a taxa de electrificação subirá de 43 por cento (atingida em 2022) para 53 por cento em 2030 e para 72 por cento até 2050.

Relativamente às energias renováveis (incluindo a hidroeléctrica), a percentagem do fornecimento de energia também deverá registar uma tendência crescente. Segundo o documento, a percentagem deverá sair dos 56 por cento verificados no ano passado para 70 por cento em 2030 e para 94 por cento em 2050.

Já a capacidade instalada (energia eléctrica – GW), de acordo com as metas, vai sair dos seis por cento (verificados em 2022) para os 12,4 por cento em 2030 e os 32,9 por cento até 2050.

Pretende-se "um sector da energia sustentável, eficiente e inclusivo, que apoie o desenvolvimento, impulsione o crescimento económico e atraia investimento privado em grande escala", refere o documento.

Este sector, adianta, é "fundamental para aumentar a participação económica e a produtividade, pelo que, de modo a corresponder às necessidades da população em cada vez maior número e permitir o crescimento económico", se planeia o aumento da "electrificação na rede de 42 por cento dos lares em 2022 para mais de 70 por cento até 2050 e promover soluções fora da rede no resto do país".

"Adicionalmente, aumentaremos a contribuição das energias renováveis para o fornecimento de electricidade para mais de 90 por cento do total até 2050 e, deste modo, aproveitaremos um custo menor por unidade dessas fontes (principalmente energia hidroeléctrica e solar)", adianta o documento.

O EPL prevê igualmente que a procura de electricidade no país "aumente mais de cinco vezes até 2050", apontando ser essencial garantir "que o sistema de energia seja sustentável, fazendo convergir as tarifas para o custo real do sistema, reduzindo perdas e atraindo investimento privado em escala para financiar o crescimento".

Assim, avança o EPL, o objectivo passa por "desbloquear o crescimento económico" do país, "construindo uma economia resiliente que beneficie todos os cidadãos", sendo que, nesse sentido, vão investir em infra-estruturas, "um factor dinamizador do crescimento económico inclusivo, da produtividade e do desenvolvimento social".

"Construir a infra-estrutura física e a capacidade necessárias nos sectores de telecomunicações, transportes, energia e habitação exige um compromisso de longo prazo", realça ainda a nota, que acrescenta: "Se implementarmos os nossos planos de forma coesa, conseguiremos atingir os nossos objectivos e garantir melhores condições de vida, além de uma maior inclusão económica para todos os angolanos".

Electrificação do sul e leste de Angola entre apostas do Governo

Segundo a Angop, a estratégia de electrificação de Angola delineada pelo Governo tem enfoque, para os próximos cinco anos, satisfazer seis milhões de cidadãos no sul e leste do país.

Assim, a aposta passa pela ligação do centro e sul através do Huambo e Huíla e o leste, por via da hidroeléctrica de Capanda. Para a região leste, segundo o Ministério da Energia e Águas, encontra-se mobilizada uma linha que possibilitará a cobertura das três províncias que compõem esta região (Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico), abrangendo igualmente o Bié e Malanje, enquanto para o sul há um investimento na iminência de ser aprovado, escreve a Angop.

"O importante agora é levar a produção de energia eléctrica à região sul e leste do país, onde ainda é utilizado o diesel para a produção de energia", referiu João Baptista Borges, ministro da Energia e Águas, citado pela Angop.

Além disso, o ministério estima igualmente que dentro de dois anos, ou seja até 2025, metade da população tenha acesso à electricidade, algo que, de acordo com o ministro, será possível com a realização de 1.700.000 ligações domiciliares, ou seja 370 mil ligações anuais no país.

De referir que a taxa de electrificação nacional se encontra nos 42,8 por cento. Recentemente, o titular da pasta da Energia e Águas considerou que "neste momento, o país está bem na produção de energia eléctrica, mas há constrangimentos no domínio do transporte e distribuição".

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