De acordo com Eduardo Peres Alberto, secretário-geral do SINPES, a interpolação da paralisação, com início esta Sexta-feira, por 30 dias, resulta de uma decisão tomada na assembleia extraordinária que aconteceu no início deste mês (no dia 5 de Maio).
"É uma deliberação que resulta de debates profundos e a classe docente decidiu dar mais uma vez prova da sua responsabilidade social e também da boa vontade neste caso e, sobretudo, não prejudicar o ano académico", disse Eduardo Peres Alberto, em declarações à Lusa.
O sindicalista frisou que é uma decisão unilateral, realçando que "até aqui o Governo continua em silêncio".
No entanto, avisou que a possibilidade de retoma da paralisação continua em cima da mesa, visto que se aguarda negociação e, se tal não se verificar, a greve retomará no final do próximo mês.
"Se o Governo não negociar, dia 27 de Junho retoma-se a greve", sublinhou o secretário-geral do SINPES.
De referir que entre as reivindicações dos professores constam, entre outros, salários condignos e o seguro de saúde.
Relativamente ao caderno reivindicativo da classe, o Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação diz considerar que a maior parte das exigências foram totalmente tratadas, sendo que as restantes se encontram ao encargo do Executivo, escreve a Angop.
Recorde-se que Maria do Rosário Bragança, ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação disse recentemente que "todas as reivindicações fazem parte da pauta do próprio Governo", sendo que "umas foram sanadas completamente e outras estão em processo de implementação, mas subsistem esses dois factores que levou o sindicato a retomar a greve no passado dia 27 de Fevereiro".