De acordo com um comunicado do ministério da Economia a que o VerAngola teve acesso, as contribuições dos cidadãos presentes focaram-se na temática da diversificação da economia da província, que quer desenvolver uma economia local além do petróleo, principal produto de exportação de Cabinda e do país.
As apostas concentraram-se então na agricultura, na indústria transformadora, e no turismo.
A transição para as energias verdes também é um dos assuntos que Cabinda quer ver seriamente espelhado na ELP – Angola 2050, tal como a aposta na formação e capacitação profissional nas áreas da agricultura de alto rendimento e desenvolvimento de tecnologias.
Uma das sugestões mais aplaudidas no evento passa pela implementação de um banco agrícola que funcione nos municípios e nas comunas, com um modelo mais simples e menos burocrático, para impulsionar a actividade dos micro e pequenos produtores do agronegócio do país.
Foram igualmente lançadas ideias direccionadas ao ordenamento do território, sendo uma a de definir e desenvolver especialidades industriais por província.
Contudo, um dos intervenientes alertou os participantes sobre a importância de "ser-se realista e ter-se a noção de que o petróleo não deixará de ser uma fonte de rendimento para Cabinda". Segundo o empresário, é indispensável desenvolver-se a indústria transformadora do sector petrolífero em Angola, para que o país não só deixe de importar os produtos derivados, mas que possa exportar os vários produtos desta cadeia de valor.
Recorde-se que esta foi a terceira das 17 províncias, excluindo Luanda, a realizar uma sessão de auscultação e consulta pública sobre a Estratégia de Longo Prazo 'Angola 2050', e que este processo deverá acontecer em todo o país, até ao dia 9 de Junho.