Ver Angola

Economia

Franceses prontos para financiar agronegócio através do BDA

A delegação angolana que trabalha em França desde esta Segunda-feira - e da qual faz parte o ministro da Economia - manteve um encontro com a direcção-geral da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). A comitiva integra não só Mário Caetano João, mas também os secretários de Estado para o Comércio, Amadeu Nunes e para Agricultura e Pecuária, João Cunha, assim como pela Embaixadora de Angola em França, Guilhermina Prata.

:

Os representantes angolanos foram recebidos pelo director-geral da AFD, Rémy Rioux, ladeado por altos funcionários da instituição que preside, informa o ministério da Economia.

Os projectos apoiados pela AFD em Angola e a possibilidade de alargamento da participação dessa agência na implementação do programas e projectos do PDN 2023/2027 estiveram em abordagem.

Um dos tópicos abordados foi a constituição de uma parceria entre o Banco de Desenvolvimento e Agencia Francesa de Desenvolvimento, com o objectivo de financiar projectos do agronegócio, no quadro da diversificação da economia nacional e do movimento global denominado Finance in Common (Finanças em Comum) que junta os bancos de desenvolvimento dos países em busca da sustentabilidade.

Ainda esta Terça-feira, e após um encontro de trabalho com a Missão Diplomática de Angola em França, o ministro da Economia sublinhou a necessidade de Angola adoptar uma abordagem diplomática económica conjunta.

"Não podemos ter uma abordagem única de diplomacia económica para todos os países. Por exemplo, dos países avançados, que é o caso da França, a mais curto prazo, nós podemos obter investimento directo estrangeiro, pois existem homens de negócios, com algum capital acumulado, e que estão à procura de diversificar a sua carteira de investimento”, disse.

Reforçou ser importante ter a capacidade de atrair esse investimento “principalmente se já estiver em África. É mais fácil trocar um país africano por outro”.

O governante abordou ainda a cooperação Angola França do ponto de vista da venda de produtos, reforçando as vantagens de Angola: "Podemos vender Angola como destino turístico, pois no período de frio, muitos procuram geografias mais quentes e Angola tem nove meses de calor. Podemos também vender produtos que a França não produz como são as frutas tropicais, café, cacau, mandioca, gindungo e outras especiarias", afirmou, citado pela Angop.

A delegação angolana continua empenhada na promoção de negócios e captação de investimento estrangeiro naquela que é a sétima economia do mundo e a segunda da Europa.

Recorde-se que o comércio de bens Angola/França no período 2022/2022 rondou os quatro mil milhões de dólares. Do valor, 2,9 mil milhões constituem exportações de Angola para França e 1,1 mil milhões de França para Angola.

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.