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Portugueses em Luanda celebram o 38.º titulo do Benfica em ambiente de festa

Com a emoção especial de quem está longe de casa, mas entre os seus, um grupo de portugueses em Luanda celebrou este Sábado o 38.º titulo de campeão português de futebol do Benfica em ambiente de festa.

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Vestidos a rigor com as cores do seu clube, algumas dezenas de portugueses juntaram-se à tarde para assistir à partida decisiva do campeonato português, à volta da mesa e do petisco, trocando a vista da baía da capital pela dos ecrãs televisivos.

O encarnado nos cachecóis e nas camisolas não deixava margem para dúvidas sobre a preferência dos adeptos que se reuniram num dos emblemáticos restaurantes da ilha de Luanda

Entre cânticos e palmas, os adeptos iam acompanhando de forma descontraída as jogadas, já que com três golos marcados aos 60 minutos de jogo, era certo que seriam os vencedores do jogo e do campeonato.

O que veio a acontecer meia hora, depois numa explosão de alegria e gritos enaltecendo o "Glorioso SLB".

Ricardo Madeira foi um dos que vibrou com a vitória do Benfica, ainda que sem grandes surpresas, a culminar "uma época muito difícil, contra tudo e contra todos", admitindo que o jogo da semana passada frente ao Sporting foi bem mais sofrido.

"Foi muito merecido", disse à Lusa o adepto, recém-chegado a Luanda, salientando que foi especial celebrar "nesta atmosfera benfiquista".

Fã de futebol, desporto que chegou a praticar e paixão que partilha com o primo famoso, Luís Figo, "uma referência do futebol português" em quem tem imenso orgulho, afirma ser o "benfiquista mais sportinguista que existe".

"Sou do Benfica, joguei no Sporting que é uma instituição também maravilhosa", disse Ricardo Madeira, considerando que é preciso voltar a pôr as rivalidades "num standard mais elevado".

"O futebol tem de ser pelo jogo, pelo valor dos intervenientes, não é pelo barulho que existe fora", realçou.

Pedro Galego foi outro dos benfiquistas que viveu em Luanda um momento emocionante, no final de uma temporada difícil.

"Fomos perdendo muitos pontos, mas no final conseguimos. Temos o 38, vamos ao 39", afirmou, entusiasmado.

Uma comemoração ainda mais especial já que juntou também um grupo de amigos e ex-alunos dos Pupilos do Exército, para festejar o 112.º aniversário da instituição, e pelo facto de ter sido em Luanda, onde trabalha há vários anos.

"Quando estamos longe, sentimos sempre tudo com mais força, com mais intensidade", destacou.

Carlos Palma, também ex-aluno dos Pupilos, afirma ter vivido igualmente momentos de emoção nesta dupla celebração.

E apesar de o adversário do Benfica, o Santa Clara, ser o último classificado, admite que havia alguma expectativa: "Estava com algum receio, os mais pequenos às vezes fazem grandes obras".

Em Luanda, onde vive há já 14 anos, já celebrou algumas vezes o titulo de campeão, mas sublinha que é sempre especial: "É longe da nossa terra, temos outra forma de lidar com as coisas, até pelas saudades".

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