O reassumir desta produção – por parte dos agricultores do município, na actual época agrícola – é fruto da instalação de duas unidades fabris de processamento de massa alimentar e farinha de trigo, que se encontram em finalização no Pólo de Desenvolvimento Industrial da Caála.
A informação foi avançada por Domingos Capita, presidente da cooperativa Vale do Calai. Em declarações à Angop, informou que no começo da campanha agrícola 700 famílias que trabalham no campo usufruíram de sementes deste cereal, obtidas na Zâmbia pela direcção das supracitadas fábricas, em colaboração com a Extensão de Desenvolvimento Agrário, visando o incentivo à produção de trigo.
Segundo o responsável, prevê-se que sejam apanhadas 500 mil toneladas deste cereal – que está a ser cultivado num perímetro de 228 hectares – tendo em vista a sustentabilidade das unidades fabris e, por consequência, ajudar na diminuição do preço do pão, escreve a Angop.
Na base da interrupção da produção de trigo na Caála, que aconteceu em 2010, esteve a ausência de oportunidades de venda e mercado atractivo que possibilitasse, naquela época, compensar os agricultores pelos seus esforços, adiantou o responsável que, citado pela Angop, acrescentou que as fábricas vieram permitir aos camponeses a retoma dessa produção, uma vez que o trigo se assume como a matéria-prima principal para as suas actividades.