Numa mensagem dirigida a Carlos Vila Nova, Presidente da República são-tomense, João Lourenço manifesta "particular consternação" pelo desaparecimento de uma "eminente figura do panorama político de São Tomé e Príncipe, amplamente reconhecida pela sua incansável dedicação ao seu país", que o levou a dirigir todos os órgãos de soberania do Estado ao longo de "um extraordinário percurso de vida".
O chefe de Estado concluiu endereçado ao seu homólogo são-tomense e à família "sentidas condolências pela perda de um tão ilustre filho de São Tomé e Príncipe", em seu nome e no do executivo angolano.
O ex-presidente de São Tomé e Príncipe Evaristo Carvalho morreu no Sábado, aos 80 anos, em Lisboa, vítima de doença prolongada.
Eleito presidente de São Tomé e Príncipe a 18 de Julho de 2016, Evaristo Carvalho exerceu o mandato até 2 de Outubro de 2021, quando foi sucedido por Carlos Vila Nova.
Pai de 25 filhos, Evaristo Carvalho era um histórico da política são-tomense, tendo sido, por duas ocasiões, primeiro-ministro em governos de iniciativa presidencial. Foi também presidente da Assembleia Nacional, ministro e deputado.
Técnico de agricultura, Evaristo Carvalho começou por ser um quadro do partido único - Movimento para a Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) - após a independência e até ao início do multipartidarismo, na década de 1990.
Foi chefe de gabinete de Miguel Trovoada quando este foi Presidente da República e aderiu ao Acção Democrática Independente (ADI), partido hoje liderado pelo filho daquele e antigo primeiro-ministro, Patrice Trovoada.