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UNITA acusa MPLA de promover “propaganda miserável” para conservar poder político

A UNITA acusou o MPLA de “se servir da propaganda miserável, enquanto mecanismo privilegiado para conservar o poder político”, e de “usar dinheiro público para comprar adversários políticos”.

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Num comunicado do secretariado executivo do comité permanente da comissão política, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), considera que o país regista um "perigoso retrocesso" do Estado democrático e de direito.

Segundo a UNITA, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) "criou gabinetes de propaganda institucional e de acção psicológica que atentam o direito e as leis da República, ferem a democracia e o Estado de direito".

"Usam de dinheiros públicos para servir o partido que governa e no dia-a-dia praticam actos de terrorismo de Estado, atentando a harmonia e a paz", lê-se no comunicado.

No seu olhar à actual situação socio-política de Angola, a UNITA considera que o país "tem fome, está miserável e todos os domínios da vida e a alternância é uma necessidade de todos os cidadãos".

A UNITA considera que a "oligarquia que capturou o Estado, há 46 anos, roubou e continua a roubar Angola, desgraçou e continua a desgraçar os angolanos, atira-se desesperada e deliberadamente contra o seu presidente, Adalberto Costa Júnior, na tentativa de desestabilizar e ofuscar a sua liderança".

Para esbater a polémica sobre a nacionalidade do seu líder, o secretariado executivo do comité permanente da comissão política da UNITA reafirma que Costa Júnior "renunciou e perdeu a nacionalidade portuguesa adquirida" como aferem os "processos examinados" pelo Tribunal Constitucional.

Na nota considera-se igualmente que a gestão do Presidente, João Lourenço, está a "destruir as difíceis conquistas do período da paz", através de "uso abusivo dos órgãos estatais de comunicação social transformados em instrumentos de propaganda política".

A "falta de clarificação da institucionalização das autarquias locais, a demissão do Estado da sua função social, nomeadamente o descaso das consequências da seca, fome, penúria, quando são desviadas malas de milhões de dólares" são também apontados pela UNITA como factores que "destoem as conquistas da paz".

Para a UNITA, "cresce a nível de Angola a intolerância política como o objectivo de instalar o medo visando perpetuar-se no poder" e "persiste no país a seletividade" no processo de combate à corrupção.

"A ampla frente para a alternância do poder, liderada pela UNITA, é a esperança que alimenta hoje a alma dos angolanos", adianta ainda o comunicado.

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