O responsável justificou o aumento com o facto de "a maior parte das pessoas que usam os Correios de Angola" serem as que praticam o e-commerce (venda e compra online).
"A cada dia que passa, é maior o número de pessoas que usam plataformas, como a Alibaba ou a Amazon, para comprar produtos, o que tem feito com que a movimentação nos correios aumente. A maior parte das pessoas que viajava para comprar mercadorias, hoje usa as vias online. Nestes últimos tempos até acessórios de automóveis são comprados", esclareceu, em declarações ao Expansão.
De acordo com o responsável, a lista da origem das compras angolanas é liderada por Portugal. No entanto, o Brasil, Turquia e Estados Unidos da América também têm uma representação expressiva, sendo os países de onde chegam perfumes, roupa e sapatos.
Francisco Van-Dúnem informou que as encomendas ligadas ao mundo electrónico, como telemóveis, computadores, electrodomésticos entre outros, chegam de países asiáticos como a China e Singapura. Já da Índia chegam principalmente cabelos postiços, indicou.
Quanto às compras de Angola para o estrangeiro, Portugal volta-se a destacar, sendo o principal destino das vendas online de produtos 'made in Angola'. Aqui destacam-se os produtos naturais, como o chá de caxinde e a fuba de bombó. O responsável explicou que a maior parte destas vendas diz respeito a compradores emigrantes angolanos.
Sobre o roubo ou desaparecimento de encomendas, o director comercial da empresa, admitiu que esse é um risco que se corre quando se fazem encomendas online fora do país.
Admitiu ainda que os Correios de Angola têm recebido algumas reclamações sobre o desaparecimento de produtos ou que as encomendas chegam às mãos dos clientes com sinais de violação, indicando que, nestas situações "se se provar que a infracção não é da responsabilidade dos Correios de Angola, quem deve restituir o produto é o país de origem".